No ano em que se completaram dois anos de intervenção do FMI, Banco Central Europeu e União Europeia na Grécia, as dificuldades teimavam em persistir. As lojas fechadas são um dos retratos mais elucidativos da Atenas deprimida face às duras medidas de austeridade da Troika, mas os gregos não baixam os braços.
Matina é dona de uma loja de bebidas numa das zonas mais frequentadas de Atenas e lamenta a forte quebra no consumo que, admite, ser cerca de 30% menos do que em anos anteriores. Esta Ateniense aponta o dedo aos políticos que “não fizeram o melhor pelo país”.
George Selentes é também lojista e vai mais longe. Acredita que os países do norte da Europa conspiram contra os do sul, fazendo os europeus acreditarem que Grécia, Portugal ou Espanha vivem à sombra do trabalho de países como a Alemanha ou França.