Com uma população de 3,5 milhões dentro dos limites da cidade, a maior metrópole da Alemanha, e a sétima área urbana mais povoada da União Europeia, localizada no nordeste do país, Berlim é capital da Alemanha. País que passou por tanto e que tantas vezes se ergueu.
A Alemanha é, sem dúvida, um caso de sucesso para muitos e um exemplo para outros tantos. Palco de duas guerras mundiais, partida ao meio, reunificada, tornando-se ainda mais forte e voltando a ser o “centro da Europa”.
Na nossa curta estadia por Berlim foi impossível ficar indiferente a todas as razões pelas quais muitos elegem a cidade como uma das capitais mais fascinantes de toda Europa. E porquê?
Desde o momento em que aterramos no aeroporto de Schonenfeldt apanhamos o comboio até ao centro da cidade e posteriormente caminhamos calmamente até ao hostel onde ficamos alojados. Não há lixo nas ruas, pessoas a gritar, apenas a tranquilidade de mais uma noite serena em Berlim.
No dia seguinte tomamos um pequeno almoço ao estilo europeu (sumo de laranja, café, torradas, ovos mexidos) e seguimos para conhecer a cidade.
A primeira paragem é mesmo a famosa praça Alexanderplatz, no meio da qual se ergue a torre de televisão (Fernsehturm) de 365 metros acabada de construir em 1969 e no cimo da qual existe um restaurante e uma plataforma panorâmica.
Depois da praça, neste dia cinzento e friorento, descobrimos a Catedral de Berlim (Berliner Dom) em que o azul dos telhados da catedral nos deixa sorridentes, perante o tamanho da mesma.
Percorremos uma das ruas mais famosas de Berlim, a Unter den Lind, que nos deixa como horizonte as portas de Brandenburgo, o ícone da cidade de Berlim. Foi aqui nesta porta triunfal com as suas seis colunas dóricas a suportar a parte superior, no cimo da qual está a quadriga da vitória, que se tornou no símbolo da divisão da cidade no pós-guerra, pois foi dum palanque construído à sua frente que John F. Kennedy proferiu a sua famosa frase: “Ich bin ein Berliner” (“Sou um habitante de Berlim”).
Se continuarmos em frente chegaremos à Praça da Grande Estrela no centro da qual está a enorme Coluna da Vitória (Siegessäule), erigida por ordem do Imperador Guilherme I em memória das vitoriosas guerras prussas.
No entanto, se optarmos por observar o que está próximo da porta iremos encontrar o Reichstag, sitio esse onde se discutem as leis e se definem os destinos da Alemanha e, subentende-se, de toda Europa, mas este edifício engana. O que à primeira vista nos parece um edifício arcaico, esconde uma cúpula altamente moderna que, após uma visita, nos deixa sem palavras, quer perante a vista sobre a toda cidade de Berlim, quer pelo facto de por baixo da cúpula estar o parlamento alemão e de percebermos que estes senhores não se deixam ir abaixo perante as dificuldades. Diria que esta construção, inteligente e moderna, definiria os alemães como modernos por entre passado, presente e futuro.
Após o Reichstag seguimos para o Memorial aos Judeus Mortos na Europa, por entre paralelepípedos brancos que representam as pessoas que foram mortas nos campos de concentração e o silêncio que se faz sentir pelo sítio em si, chegamos a uma espécie de galeria onde podemos ler as histórias de alguns deles. O primeiro painel traz-nos uma citação de Primo Levi e recorda-nos da possibilidade de acontecer algo no futuro: “isto aconteceu e, portanto, pode acontecer novamente. Este é o núcleo do que temos a dizer”.
Seguimos para Topografia do Terror onde observamos o panorama alemão sobre a segunda guerra, os seus principais responsáveis e os países por onde se disseminou.
Para terminar o dia paramos na East Side Gallery, observamos esta galeria de arte ao ar livre que tem 1.113 metros e está localizada no lado leste do antigo muro de Berlim. A galeria tem cerca de 105 pinturas de artistas de todo o mundo, iniciadas em 1990 no lado leste do muro de Berlim e foi fundada após a bem sucedida fusão de duas associações de artistas alemães: a VBK e a BBK. Estas pinturas documentam e promovem a liberdade, a compreensão, a paz e sobretudo expressam a euforia e a esperança de um futuro mais risonho para todas as pessoas do mundo.
E como a comida de rua é algo tradicional e digna de visita em Berlim, vamos conhecer um dos melhores sítios para comer kebabs, o Mustafa’s Gemüse Kebap. A fila é grande, mas a espera compensa e por cerca de cinco euros temos direito a um enorme e delicioso kebab.
Mas o que seria de Berlim sem uma cerveja ao estilo alemão? Optamos por ir ao Belushi’s Berlin, algumas cervejas tradicionais alemãs e boa música fazem dele o sítio perfeito para relaxar depois de um dia intenso.
Para quem quer conhecer parques da cidade, sugerimos o Palácio de Charlottenburg, o retiro preferido da imperatriz Sofia-Carlota, esposa do imperador Frederico I. A sala da porcelana, toda decorada com porcelana de Dresden e chinesa, é muito bonita, mas os jardins do palácio são ainda mais. Ou então mesmo uma ida a Potsdam, onde palácios e espaços verdes são coisa que não falta.
Como chegar até aqui?
Companhias low cost como a Ryanair oferecem voos a preços bastante acessíveis na rota Lisboa-Berlim. Dentro da cidade os transportes públicos valem a pena. Os preços do metro variam entre os €3,40 e os €2,80, dependendo da zona, e um bilhete tem a duração de duas horas. Pode alugar uma bicicleta ou até mesmo andar a pé, a cidade é plana por isso acredite que a caminhar vai poder conhecer todos os cantinhos da cidade.
Para pernoitar há hotéis e hostels para todos os gostos e para os orçamentos de cada um.
Divirta-se e Aproveite Berlim, tschüss*
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[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] As temperaturas do inverno berlinense são muito baixas, sendo frequentes vários dias seguidos sem se ver o sol e com queda de neve. Geralmente as temperaturas mais baixas são sentidas entre outubro e março. Os meses de abril a setembro são geralmente mais temperados, ainda assim não indo os termómetros além dos 30 graus.
*adeus