Uns Dias Mais Cedo – Primeira Paragem – Xangai
Sozinha, com uma mochila às costas, uma reserva num hostel no centro da cidade, não conhecia absolutamente ninguém.
Sem acesso ao Google Maps e às redes sociais.
Cheguei ao ponto de estender o mapa da cidade no meio da rua para me tentar situar, de me perder a caminho do hostel, pedir ajuda a um local e ele também se perder comigo.
Fiz amizades com umas estrangeiras no hostel, porque elas falavam chinês, tinham o mapa chinês no telemóvel e acabar a noite a dançar numa discoteca em Xangai.
Definir esta primeira paragem, é sentir calafrios no estomago de não saber onde estou nem para onde vou, mas ao mesmo tempo é admirar a cultura chinesa, é tornar-me mais forte perante as adversidades.
Uns Dias Mais Cedo – Segunda Paragem – Macau
Enquanto estive em Macau pensei nos nossos, nos nossos que à 500 anos aqui chegaram sozinhos e sem tecnologias.
Também me perdi, aliás ia ficando sem teto para dormir, porque tive uns problemas burocráticos. Mas graças a isso, conheci portugueses que residem em Macau, que me acolheram, que me mostraram as tipicidades gastronómicas e que me contaram como é viver em Macau e lidar com os Macaenses – Obrigada Vanessa, Catarina, André e Raquel!
Definir Macau, é ter fé, é acreditar com muita força nos anjos, que tem que existir gente boa por aí e na infinidade do Universo. É saber que os portugueses quando estão fora são solidários uns com os outros, que nunca estás totalmente só.
Campo de Voluntariado – Hong Kong
Atravessei a maior ponte do Mundo Hong Kong – Macau de autocarro, delirei com a sua imensidão e assim que chego a Hong Kong ainda mais com as paisagens bonitas enquanto ia a caminho do centro da cidade.
Cheguei ao centro da cidade e só queria sorrir, sorrir muito, muito, pelo caos das ruas da cidade, pela beleza do parque do Kowloon onde até flamingos encontrei, mas porque Hong Kong é “another world city”.
Hong Kong tal como Macau, que foi uma antiga colónia portuguesa, Hong Kong foi uma antiga colónia inglesa e neste momento é uma das regiões administrativas especiais da China, deixa-nos perplexos com a rapidez do seu crescimento e da organização de quem cá vive.
Estive duas semanas em Hong Kong para fazer uma “livraria humana”, em que tinha que contar uma história sobre o meu país e sobre a minha cultura e para organizar um fim-de-semana em que jovens com idades compreendidas entre 12 aos 17 anos de idade provenientes de Hong Kong e da China, aprendiam mais sobre voluntariado e sobre “servir o próximo”.
Durante essas duas semanas a minha (e a de mais 7 voluntários provenientes de Itália, Rússia, Tailândia e Nepal) vida era gerida pelo coordenador do campo de voluntariado proveniente do Sri Lanka, bem como da sua esposa proveniente de Fujian (China) mas que se encontrava a viver em Hong Kong.
Se me perguntarem como é que foi?
Em todos os sentidos, desafiante. Tão desafiante que houve alturas que dei por mim: a mostrar-lhes fotos da minha bênção das pastas, a tentar comunicar com eles em chinês e em cantonês, em que os alunos me ensinavam a forma correta de dizer as palavras, que desistir dos planos que tinha para cidade e deixei que os locais me mostrassem quer a comida quer os espaços.
Havia dias difíceis, claro que havia, mas a beleza de Hong Kong, faz-nos refletir sobre o tipo de vida que levamos e o que queremos realmente para nós.
No Mundo onde vivem milhões de pessoas, de que forma queres deixar a tua “pegada”?
多謝 (duōxiè – Obrigada em Cantonês)