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No Iraque, o Estado Islâmico parece ter cada vez mais os dias contados. Mas o ataque está a ter um reverso sangrento. São cerca de oito mil as famílias que o Estado Islâmico terá no centro de Mossul prontas a serem usadas como escudo humano. Os números são avançados pela Agência de Direitos Humanos da ONU que acrescenta que o grupo terrorista terá já morto 232 pessoas que terão recusado obedecer ou que eram membros do exército iraquiano.
Estas notícias surgem quando se sabe que as tropas iraquianas e curdas já ultrapassaram os limites de Mossul e estão cada vez mais próximas do centro da cidade, tendo já tomado a televisão daquela cidade do Iraque.
Os dados são chocantes e provam que o Daesh tudo fará para manter o seu bastião. Prova disso é a gravação áudio, ainda não confirmada, do líder do Estado Islâmico que surge a pedir aos seus combatentes que lutem até à morte pela manutenção de Mossul. A declaração, a ser confirmada, põe fim a uma série de rumores que davam conta da morte de Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Daesh.
Terminou o impasse de dez meses em Espanha. Mariano Rajoy tomou posse como presidente do governo tendo admitido que a tarefa não será fácil uma vez que tem pela frente uma oposição hostil. A tomada de posse do novo primeiro ministro marcou ainda a primeira cerimónia de empossamento do Rei Filipe VI.
E se em Espanha já há governo, no Reino Unido ainda não se sabe se há… Brexit. Os deputados do Reino Unido vão ter que votar se e quando o país pode iniciar o processo de saída da União Europeia. Assim sendo, o governo britânico, liderado por Theresa May, não pode decidir sozinho a data em que vai começar a negociar com a UE, podendo ainda ser criado um impasse em torno desta questão.
Depois de vários anos de impasse e depois de o governo regional de Valónia ceder, a União Europeia e o Canadá assinaram o CETA, um acordo que elimina as taxas de importação de bens entre os dois países. O acordo foi assinado em Bruxelas e contou com a presença do primeiro-ministro canadiano e dos presidentes do Conselho e da Comissão Europeia.
Nos Estados Unidos, a poucos dias das eleições presidenciais, ainda não é claro que Clinton consiga vencer. A candidata viu a margem nas sondagens ser encurtada e Trump até aparece a vencer no importante estado da Flórida.
Na XI Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) Portugal assumiu uma posição de força face à recém integrada Guiné Equatorial, instando o país a abolir “imediatamente” a pena de morte sob o risco de a sua integração na CPLP ser considerada “ilegítima”.
Esta foi também a semana em que foram levantadas fortes acusações contra o presidente da África do Sul. A Provedoria Geral da República publicou um relatório em que alerta para a possibilidade de existência de corrupção ao mais alto nível do estado e para a possibilidade de terem sido cometidos crimes por Jacob Zuma.
Continua a instabilidade no Iémen. Pelo menos 60 pessoas morreram num ataque levado a cabo pela coligação árabe. As vítimas são sobretudo prisioneiros e rebeldes hutis. O ataque ocorreu porque os rebeldes estariam, alegadamente, a usar a prisão como centro de comando na guerra contra o presidente iemenita Abdullah Saleh.
Sem qualquer aviso prévio a sede da Amnistia Internacional em Moscovo foi encerrada pelas autoridades russas. O local é “propriedade da cidade russa federada”, estava escrito na nota deixada na entrada da delegação. O Kremlin já veio informar que não tem conhecimento dos motivos que levaram ao sucedido.
De acordo com um relatório apresentado pela UNESCO, só na última década morreram 827 jornalistas em trabalho. O estudo conclui que a cada quatro dias e meio um jornalista é morto, sendo as ocorrências mais frequentes em zonas de conflito como Síria, Iraque, Iémen e Líbia. A UNESCO alerta, no entanto, para o aumento de mortes de jornalistas na Europa Ocidental e na América do Norte.
FRASES
“As comunidades de contraterrorismo e de segurança nacional estão vigilantes e bem posicionadas para defender ataques aqui nos EUA.”
Fonte do FBI, à CBS sobre possíveis atentados terroristas no dias das eleições americanas
“Os nossos dados pessoais são o nosso maior ativo. Mas toda a gente os cede à Amazon, Facebook e Google em troca de um correio eletrónico, das redes sociais e dos vídeos de gatinhos. Essas empresas acumulam uma grande quantidade de dados e analizá-los permite-lhes compreender a sociedade e o mundo melhor que ninguém.”
Yuval Noah Harari, historiador israelita em entrevista ao El País
“Não comentamos o livro, mas posso assegurar que todos os países têm o mesmo tratamento, de acordo com a sua situação específica, e em linha com o Pacto de Estabilidade e Crescimento”
Annika Breidhardt, porta-voz da Comissão Europeia, depois das acusações de tratamento diferenciado para com a França face ao défice.
ROSTOS
Pedro Sanchez era líder do PSOE, maior partido da oposição espanhol e acaba por ser o rosto destas eleições. Não conseguiu chegar a uma coligação de esquerda e, com algum ressabiamento, não quis deixar o seu rival governar. Hoje é o rosto do pior que a política espanhola tem porque arrastou um processo que deixou o país sem governo durante dez meses para chegar… a lado nenhum.
NÚMEROS
827
De acordo com a UNESCO este foi o número de jornalistas mortos em trabalho nos últimos dez anos. A organização afirma ainda que a cada quatro dias e meio um jornalista é morto.
230
Este é o número de pessoas que terão morrido esta semana em dois naufrágios ao largo da Líbia. As vítimas são migrantes que tentavam chegar à Europa.
9.700
Número de crianças deslocadas que a UNICEF acredita ter sido provocado pela ofensiva do exército iraquiano sobre Mossul.