A Câmara Municipal de Madrid acaba de apresentar uma proposta que reduzirá, de acordo com alguns órgãos de comunicação social, em 95% o número de alojamentos locais transacionados na plataforma Airbnb. O novo modelo prevê a divisão da cidade em quatro áreas distintas, nas quais serão aplicadas medidas mais ou menos restritivas constante a pressão turística existente. O objetivo é fazer baixar as rendas das casas que têm aumentado nos últimos anos substancialmente.
As áreas mais sobrelotadas de Madrid são a área 1 e 2 que correspondem aos bairros históricos e mais centrais e nas quais o arrendamento de quartos através da plataforma Airbnb vai ser proibido sem exceções. “As medidas que estamos a planear incluem a proibição total de troca de uso residencial para uso terceiro nas zonas 1 e 2”, lê-se no artigo publicado no site da Camara Municipal de Madrid.
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“Este plano tem por objetivo preservar o uso residencial nas áreas centrais da cidade, travando a expulsão de uso permanente para o substituir por uso temporário, evitando assim que as casas se convertam em alojamentos exclusivamente para turistas”, continua o artigo esclarecendo as motivações de uma medida que parece começar a replicar-se em várias cidades europeias.
A Câmara Municipal de Madrid lembra ainda que a guerra aos aumentos exponenciais de rendas já tinha começados quando, em janeiro, foi aprovada uma suspensão de emissão de licenças à construção de hosteis e hotéis em edifícios históricos do centro da cidade.
Os protestos de cidadãos contra o aumento das rendas que acontecem em virtude de um aumento de alojamentos locias têm se avolumado um pouco por toda a Europa e são várias as cidades que, à semelhança de Madrid, já incluíram fortes restrições a plataformas de aluguer como o Airbnb.
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