Num dia normal na praça do Panteão de Roma, a abertura de um buraco no pavimento podia dar origem a uma verdadeira tragédia, mas em período de confinamento e com as ruas desertas, ninguém acabou ferido.
Com cerca de três metros quadrados, a abertura no solo, registada no passado dia 27 de abril, acabaria por revelar um verdadeiro tesouro arqueológico.
De acordo com as autoridades romanas, foram descobertas pedras que datam de um período que se deve situar entre 27 a 25 aC.
São sete rochas que fariam parte de um pavimento que terá sido construído muito antes de o Panteão ter nascido.
A verdade é que este tesouro não é uma novidade para as autoridades italianas, tendo sido descobertas nos anos 90, durante trabalhos de instalação de redes elétricas, tendo-se optado por deixá-las no subsolo.
Este não é um fenómeno raro na capital italiana, mas tem-se acentuado nos últimos anos. Só em 2018 foram registados 175 buracos abertos em condições semelhantes.
A vibração provocada pelo tráfego automóvel e das motas é apontada como uma razão para a multiplicação do fenómeno.
A Câmara Municipal de Roma já iniciou um projeto de identificação dos lugares mais críticos, sendo que algumas reparações até já começaram, num processo que tem sido lento.