É já a partir do final deste mês de abril que a Coreia do Sul começa a deixar que turistas e cidadãos nacionais entrem na zona desmilitarizada junto à fronteira com a Coreia do Norte para fazerem caminhadas. A zona que serve de tampão entre os dois países que oficialmente permanecem em guerra, nunca foi usada para fins civis desde 1953.
Com mais de 240 quilómetros de extensão e cerca de quatro quilómetros de largura, esta era até à pouco tempo uma das zonas mais tensas do mundo. Atualmente, ambas as Coreias estão empenhadas em transformar a área num símbolo de paz e, por isso, estão a abri-la a quem quiser conhecê-a de perto.
O governo da Coreia do Sul aprovou recentemente um orçamento que prevê criar três trilhos de caminhada nas regiões oeste, central e leste da também conhecida como DMZ, em Paju, Cheorwon e Goseong. Esta última será a primeira a receber visitantes.
Embora o clima pacífico pareça ser reinante nos últimos tempos na fronteira entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, esta continuará a ser uma área fortemente povoada por militares, tendo os visitantes que ser acompanhados, tendo ainda que usar capacetes e coletes à prova de bala em, todo o percurso.
Conseguir entrar num dos grupos de caminhada promete não ser tarefa fácil, uma vez que o processo de seleção passar por um concurso em que os interessados vão ter que se inscrever nos sites do Ministério do Interior e Segurança e da Organização de Turismo da Coreia.