A Fontana di Trevi, em Roma, pode passar a ter barreiras para manter afastados os milhares de turistas que a visitam todos os dias. A decisão é da assembleia municipal da capital espanhola e conta com a presidente da Câmara Virginia Raggi, mas está a ser fortemente contestada em Itália.
Numa publicação no Facebook depois da aprovação camarária, Raggi aplaudiu a medida classificando-a de “proposta de bom senso para proteger um dos monumentos mais importantes e visitados de Roma”.
Sobre a forma que esta barreira pode vir a ter, muitos avançaram com a possibilidade de ser composta por vidro e aço e ter mais de um metro de altura, mas a presidente da Câmara de Roma já veio esclarecer que a estrutura a ser implementa vai ser igual a outras que já existem noutras fontes da cidade como a da Fontana di Quattro Fiumi.
Continuando a ler a declaração de Virginia Raggi, fica a ideia de que a Fontana di Trevi vai continuar a poder ser vista sem constrangimentos e podem continuar a ser atiradas moedas para a água, num ritual que já fez a fonte acumular mais de um milhão de euros em apenas um ano.
Mas se a ideia de limitar o acesso a um dos monumentos mais visitados de Itália parece consensual no executivo camarário, parece não ser visto com bons olhos a partir dos gabinetes do governo italiano. O ministro do Património Cultural de Itália já se mostrou contra uma barreira que pudesse vir a ser demasiado “intrusiva”.
Atualmente quem visita a Fontana di Trevi já tem que se deparar com várias limitações. Não é possível comer nas proximidades do monumento e o barulho dos apitos da polícia é constante sempre que alguém tenta tocar na água ou sentar-se nos parapeitos da fonte. Em alguns períodos do dia já é memo colocada uma grade que impede os turistas de descerem os degraus que dão acesso à fonte.