Chegar a Roma, ir à Fontana di Trevi e não atirar uma moeda à água é como ir ao Vaticano e não ver o Papa. É assim que pensa uma grande parte das 450 mil pessoas que mês após mês vistam o monumento. Porque atiram a moeda? Porque quem atirar uma moeda para a fonte garante que vai voltar a visitar Roma, quem atirar duas vai encontrar o amor da sua vida e quem atirar três vai acabar casado com um romano ou uma romana.
Isto é o que diz a lenda e será muito difícil comprovar a sua veracidade, verdade é que quase um milhão e meio de euros passam pelas águas da Fontana di Trevi e são entregues à Cáritas Diocesana de Roma para ser usados em obras sociais.
Se a lenda se vai manter, muito provavelmente, por muitos anos o mesmo não se pode dizer sobre o destino dado aos fundos ali recolhidos. A Camara de Roma está à procura de uma nova instituição de solidariedade para substituir a Cáritas que recebe o dinheiro há de 17 anos.
O dinheiro devia ser diretamente usado pelo Consistório para financiar “projetos de assistência e solidariedade” já a partir deste dia 1 de abril, refere o El País, mas a Camara de Roma voltou atrás e prolongou até ao final do ano a administração dos fundos à Cáritas. A partir de 2019 ninguém sabe o que acontecerá.
Os fundos até agora dados à Fontana di Trevi pelos turistas têm servido para a Cáritas sustentar albergues para sem abrigo, cantinas sociais ou roupas para carenciados. A estrutura religiosa mantém ainda na capital italiana uma ampla rede de “supermercados sociais” onde famílias com poucos recursos podem comprar alimentos a preços muito reduzidos ou de forma gratuita.
Um vídeo publicado no Youtube mostra o momento em que um funcionário da Camara de Roma faz a recolha das moedas depositadas no fundo da Fontana di Trevi