Ativar o modo de voo é um daqueles rituais a que todos os passageiros estão habituados assim que se sentam no avião. Apertar o cinto, sentar-se confortavelmente, enviar uma última mensagem e mudar para on o flight mode é um ritual que milhares de pessoas cumprem todos os dias.
Não tomar esta atitude não vai pôr os passageiros de um voo em risco, é preciso muito mais do que um telemóvel para derrubar um avião. Ainda assim, usar o modo de voo é uma prática que deve ser levada muito a sério, uma vez que pode afetar a qualidade das comunicações dos pilotos e das entidades de controlo de tráfego aéreo. E isso sim, é um verdadeiro risco.
Mas se as questões técnicas ainda não convencem todos os passageiros do mundo, há uma nova razão para ativar o modo de voo: o custo que lhe pode estar associado.
De acordo com o jornal irlandês Isish Times, um passageiro de uma companhia aérea daquele país, a Aer Lingus, teve que pagar uma fatura de €270 porque o telemóvel com que viajava ficou esquecido num dos bagageiros da cabine do avião, sem ter o modo de voo ativo.
De acordo com declarações da companhia, os telemóveis que não estiverem em modo de voo podem conectar-se à rede do avião e serem alvo de cobranças de roaming por parte das operadoras de telecomunicações.
“Se o modo de voo de um passageiro estiver desativado, o dispositivo móvel pode-se conectar à rede de roaming do próprio voo e pode ser cobrado ao passageiro o serviço pela operadora”, explicou a companhia, esclarecendo que não tem qualquer retorno financeiro com isso, uma vez que as cobranças são feitas pela operadora telefónica.
“É o operador que define preços e cobra os valores aos clientes”.