Proibição de líquidos nos aviões pode estar perto de terminar

Novas máquinas de raio-x capazes de identificar explosivos podem eliminar a proibição de transporte de líquidos a bordo dos aviões.

Várias embalagens de líquidos dentro de um saco de plástico transparente para serem inspecionadas no teste de segurança do aeroporto. Foto de Jack Kennard Flickr
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Chegar ao aeroporto com uma atencedência considerável relativamente à hora do voo é uma prática que a maioria dos passageiros põe em prática, muito por causa dos rigorosos testes de segurança a que são sujeitos. Desde o momento de despachar a bagagem, passando pela revista de segurança e até a procura pela porta de embarque podem levar longos minutos, senão mesmo horas, que podem ser responsáveis pela perda de um voo.

A partir dos atentados terroristas de 2001 que derrubaram as Torres Gémeas de Nova Iorque, nos Estados Unidos, as limitações ao transporte de bagagem nas cabines dos aviões foram fortemente ampliadas. Mas apenas em 2006 foram introduzidas restrições que dizem respeito ao transporte de líquidos na bagagem de mão. Na altura, três britânicos foram condenados por conspirarem no sentido de criarem explosões a bordo de aviões que ligavam o Reino Unido e os Estados Unidos.

Tendo em conta as apertadas regras de fiscalização que já existiam em aeroportos de todo o mundo, os terroristas planearam entrar nos aviões que fariam as ligações transatlânticas com um líquido derivado do peróxido de hidrogênio que seria facilmente inflamado, criando uma explosão a bordo.

Zona de inspeção de segurança com máquinas de raio-x no Aeroporto. Foto de Politikaner
As inspeções de segurança nos aeroportos ficaram mais apertadas desde o 11 de setembro. Foto de Politikaner

As regras criadas há 13 anos ainda se mantêm e são responsáveis pela obrigação aplicada aos passageiros aéreos de removerem os líquidos da bagagem de cabine para serem inspecionados separadamente e de não ser permitido o transporte de embalagens com capacidade para mais de 100ml.

A tecnologia parece estar a evoluir no sentido de eliminar os líquidos do processo de verificação de segurança nos aeroportos. Numa primeira fase, a obrigação de retirar os líquidos da mala pode deixar de existir e numa segunda fase podem mesmo vir a ser permitidas quantidades maiores de líquidos a bordo.

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A responsabilidade desta possível flexibilização das regras são novos scanners que estão a ser testados há alguns meses no aeroporto londrino de Heathrow. As novas máquinas usam tomografia computadorizada, capaz de identificar explosivos, numa tecnologia idêntica à usada em instrumentos hospitalares.

“Com esta nova tecnologia, os passageiros podem estar isentos de remover itens da bagagem de mão para serem inspecionados no aeroporto”, adianta a Autoridade dos Transportes Britânica. “Continuamos procurar novas tecnologias que possam melhorar a experiência do passageiro e fortalecer a nossa segurança”, referiu fonte do Aeroporto de Heathrow.

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