Até ao próximo dia 28 de setembro a TAP tem aberto um concurso público com o objetivo de recrutar 300 novos pilotos que serão necessários para acolher as novas aeronaves que a companhia vai receber nos próximos anos. De acordo com o site da companhia de bandeira portuguesa até 2025 serão recebidos 71 novos aviões que vão ajudar a TAP a duplicar o número de passageiros transportados nos próximos dez anos.
Os novos pilotos vão ter, no entanto, que suportar a formação dada pela companhia no valor de trinta mil euros. O valor em causa será descontado ao longo dos primeiros 36 meses de formação, em prestações que rondarão os €830 mensais. Os candidatos ficam a ainda obrigados a permanecer na companhia durante três anos. Caso contrário terão que pagar uma indemnização.
O salário bruto dos pilotos da TAP, diz o Expresso, ronda os €3.000 brutos e esta nova medida pode afastar eventuais candidatos que geralmente são aliciados com salários muito superiores aos praticados em Portugal por companhias aéreas estrangeiras.
Esta é uma medida pouco habitual, senão mesmo inédita, dizem fontes do setor ao semanário. Até foram sempre as companhias aéreas a suportar a formação dos seus oficiais.
A formação em causa é obrigatória e acontece depois de os profissionais serem integrados nos quadros de pessoal. De acordo com o documento disponibilizado no site da TAP trata-se de um “curso de integração na empresa” e “um curso de qualificação de tipo TAP ATO Training Manual A 320 F”, com a duração de três anos.
Para poderem candidatar-se os interessados, além de precisarem de uma licença de piloto comercial, terão que ter 500 horas de voo em Airbus e mil horas de voo em aviões com uma tripulação mínima de dois pilotos.