A Ryanair está a enfrentar uma ação em tribunal interposta pela empresa Flightright por se recusar a pagar indemnizações aos passageiros afetados pela greve de pilotos do passado dia 10 de agosto. De acordo com a Reuters, citada pelo Público, a paralisação em causa afetou 42 mil passageiros só na Alemanha, mais de 250 voos.
A Flightright é uma empresa alemã de advocacia ligada aos direitos de passageiros aéreos.
De acordo com a Reuters, as leis da União Europeia dão aos passageiros a possibilidade de pedirem compensações monetárias – que podem ir até aos 400 euros em voos na europeus – em casos de cancelamentos ou atrasos de voos. Excluem-se situações extraordinárias como o mau tempo.
A Ryanair está agora debaixo dos holofotes porque está a equiparar as greves às situações extraordinárias e, por isso, a recusar-se a pagar indemnizações aos passageiros afetados. Mas em abril o Tribunal Europeu de Justiça decidiu que uma paralisação levada a cabo por trabalhadores da companhia alemã TUI Fly, sem apoio sindical, não podia ser considerada uma circunstância extraordinária. É precisamente esta situação que agora está a ser usada para pressionar a lowcost irlandesa.
Em resposta à ação judicial da Flightright, a Ryanair já veio a público afirmar que cumpre a lei e que por isso “não há lugar a pagamento de compensação quando um sindicato actua sem razão e completamente fora do controlo”. “Se estivesse ao nosso alcance, não havia cancelamentos”.
A companhia irlandesa de baixo custo usa ainda o exemplo da Lufthansa que em dois anos enfrentou mais de 15 greves e nunca teve que pagar compensações aos passageiros.