A atravessar uma crise financeira sem precedentes, a Alitalia, está à venda desde maio de 2017, altura em que o governo italiano injetou dinheiro na companhia enquanto espera por propostas de compra. Haverá vários interessados, mas a Ryanair foi a primeira a confirmar que fez uma proposta não vinculativa para a compra da transportadora aérea italiana.
Outubro será o mês em que o apoio prestado pelo governo de Roma vai chegar ao fim e se não surgir nenhum comprador, a Alitalia pode mesmo ser vendida colocando em risco o posto de trabalho de mais de 20 mil funcionários.
“Como se trata da maior companhia aérea de Itália é importante que estejamos envolvidos no processo”, diz a Ryanair num comunicado citado pela Folha de São Paulo, deixando claro que tem interesse na compra da companhia.
A informação surge na altura em que a Ryanair apresentou os seus resultados do segundo trimestre de 2017 que dão conta de um crescimento de 55% dos lucros. Estes são expressivos, mas de o CEO da companhia reage com cautela: “estamos satisfeitos por informar uma alta de 55% dos lucros, mas acautelamos que a comparação é distorcida por a Páscoa ocorreu num trimestre diferente do ano passado”, esclarece Michael O’Leary.
Quanto ao processo de compra da Alitalia, 18 companhias aéreas pediram e tiveram acesso às contas da companhia italiana e até podem já ter apresentado propostas não vinculativas de compra. A americana Delta, a britânica British Airways a alemã Lufthansa e a britânica Easyjet são algumas delas.