Depois de várias semanas com as frotas de aviões totalmente paradas, muitas companhias aéreas começam a pensar em formas para poderem retomar as rotas comerciais.
Uma das medidas que estão em cima da mesa é a possibilidade de os lugares do meio não serem vendidos, para garantir o distanciamento de segurança entre passageiros durante o voo.
Apesar de a medida ainda não ter sido defina como obrigatória, o presidente da Ryanair, Michael O’Leary, já se veio mostrar contra a ideia.
Numa entrevista ao Financial Times, o responsável pela companhia irlandesa de baixo custo já veio fazer uma exigência ao governo irlandês, onde está a sede da companhia: que ou “paga pelo assento do meio”, ou não é tão cedo que voltamos a ver os aviões da low cost no ar.
Para justificar a tomada de posição, O’Leary diz que “não podemos ganhar dinheiro com uma taxa de ocupação de 66%”. E acrescenta que deixar o lugar do meio vazio não garante a distância suficiente, sendo “uma ideia idiota que não leva a nada”.
A Ryanair está com 99% da frota em terra e esta tomada de posição do presidente da companhia surge depois de a Easyjet ter anunciado que pondera deixar o lugar do meio vazio quando puder voltar a voar.
A decisão da companhia britânica surge numa altura em que já garantiu dois mil milhões de libras de empréstimo do estado inglês, bem como 700 milhões de libras a título de empréstimo
A Organização Internacional da Aviação Civil estima que este ano sejam transportados menos 1,2 mil milhões passageiros do que no ano passado.