É oficial, os tripulantes de cabine da Ryanair vão mesmo fazer greve nos dias que antecedem e sucedem a Páscoa, avança a Agência Lusa citando fonte do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo (SNPVAC). Quinta, domingo e segunda (29 de março e 1 e 2 de abril) devem registar-se fortes perturbações na circulação de aviões da companhia de baixo custo. “Infrutíferas” foi o adjetivo usado pelo SNPVAC para caracterizar as negociações que culminaram com o anúncio da paralisação.
“A Ryanair não aceita aplicar a Lei Portuguesa”, acusa o SNPVAC colocando a tónica na parentalidade e afirmando ainda que a companhia irlandesa tem que acabar com os “processos disciplinares porque não se atingiram quotas de vendas a bordo”.
O Sindicato mostra-se ainda muito crítico do governo acusando-o de alheamento nesta situação. “Onde anda o Estado português que permite que os seus sejam desrespeitados no seu próprio país? Onde anda o Governo que se diminui ao ponto de sustentar uma empresa que ignora as leis portuguesas? Ao contrário do Governo, os tripulantes de cabine da Ryanair dão-se ao respeito e exigem os seus direitos básicos”.
Confrontado pela Agência Lusa com as acusações do Sindicato Nacional de Pessoal de Voo, o presidente da Ryanair afirma que “as condições [de trabalho] até têm vindo a melhorar”.
“Os nossos tripulantes de voo estão a ter direito a folgas no final de cada semana e a aumentos nos salários que resultam em mais 25 a 45 euros por ano”, afirmou Michael O’Leary