“A TAP está a viver um dos momentos mais críticos da sua história, senão mesmo o mais crítico”, esta é uma das conclusões que fazem parte de um relatório interno da companhia de bandeira, a que a Antena 1 teve acesso, e que pode justificar a introdução de novas medidas.
A TAP tem 95% da frota de aviões em terra e está praticamente sem gerar receitas desde março, o que leva a empresa a pedir a todos os funcionários para que ajudem a salvar a companhia.
Para enfrentar os dias dificeis que aí vêm, a TAP está a ponderar introduzir novas fontes de receitas, sendo o serviço de on board retail uma das opções em cima da mesa.
Significa isto que os passageiros passam a ter à disposição um serviço de refeições pagas, à semelhança do que já acontece nas companhias low cost como a Ryanair ou a Easyjet.
A medida ainda não está fechada, mas se avançar, deve ser aplicada em voos de médio curso, mantendo as refeições gratuitas os passageiros das classes executiva e business.
Desta forma, explica a empresa, os passageiros terão mais liberdade de escolha a bordo dos aviões, não ficando limitados aos snacks (batatas fritas ou bolachas) que são distribuídos atualmente.
As vendas a bordo também podem vir a permitir que os tripulantes ganhem comissões sobre as vendas que fazem a bordo.
A TAP justifica a medida com a possibilidade de transformar o serviço mais sustentável, virado para o futuro e concorrencial. Sublinhando ainda que os tripulantes terão uma substancial redução da carga de trabalho.
O relatório interno publicado pela rádio pública revela ainda que a TAP está a implementar medidas de contenção de custos, redução de despesas e de apertado controlo orçamental.