Os tripulantes de cabine da Ryanair anunciaram nesta quinta feira a convocação de uma greve de até seis dias na altura da Páscoa com o objetivo de melhorar as condições de trabalho que, garantem, “se têm deteriorado nos últimos anos”.
De acordo com o Público, que cita um comunicado enviado às redações pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) os tripulantes ameaçam com uma paralisação de “até três dias de greve a realizar na última quinzena do mês de março e até três dias a realizar na primeira quinzena do mês de abril de 2018”.
Os tripulantes da irlandesa de baixo custo queixam-se que “as condições de trabalho na Ryanair se têm deteriorado nos últimos” e que a empresa “mantém contratos há mais de dez anos” recusando-se “a tratar os seus tripulantes com o mínimo de respeito e dignidade humana”. Há, refere o sindicato no mesmo comunicado, uma “cultura de bullying e pressão desmesurada sobre os seus tripulantes”.
Para desconvocarem a greve os trabalhadores pedem “um alteração imediata e substancial das práticas empresariais que prejudicam gravemente os tripulantes de cabine”.
As ameaças de greve na Ryanair têm sido recorrentes. Em dezembro do ano passado um braço de ferro entre a administração e os pilotos prometeu paralisar os aviões no natal, mas uma cedência da administração reverteu a situação. Em outubro ficou também prometida uma “greve em massa” de pessoal de cabine contra uma atuação que diziam ser típica da Coreia do Norte, mas que acabou por também não se realizar.