A Ryanair é uma das maiores companhias aéreas da Europa e uma das grandes responsáveis pela democratização da aviação. É graças aos seus preços baixos que a companhia consegue atrair passageiros, mesmo sem oferecer serviços de bordo como refeições ou malas despachadas e aterrando em aeroportos geralmente distantes do centro das cidades para as quais voa.
Por estes e outros motivos muitas passageiros escolhem a transportadora irlandesa para se deslocarem entre cidades europeias em trabalho e, particularmente nos meses de verão, em lazer.
É precisamente em plena época alta, com milhares de pessoas a cruzarem os céus que a companhia está prestes a enfrentar uma greve de tripulantes de cabine que promete deixar em terra muitos passageiros.
A primeira coisa que precisa de saber são as datas. Os funcionários da lowcost vão estar em greve nos dias 12 de julho, na Irlanda; 25 de julho, em Itália; e 25 e 26 de julho na Bélgica, Espanha e Portugal.
A probabilidade de ter um voo cancelado nestes dias é elevada, mesmo que a viagem em causa não tenha origem ou destino em nenhum deles. As equipas da Ryanair têm bases fixas, mas os voos que operam não são exclusivos dos territórios aos quais estão afetos. Ou seja, é possível ter um voo – por exemplo – entre Lisboa e Londres operado por um equipa de uma base que não seja portuguesa ou inglesa. Neste caso, o voo pode vir a ser afetado.
Mas antes de começarem a entrar em pânico os passageiros devem ter em conta que as negociações entre funcionários e patrões ainda decorrem e todas estas greves podem ainda vir a ser desconvocadas.
Os trabalhadores da Ryanair estão em luta por melhores condições de trabalho que passam pelo pedido de reconhecimento de antiguidade, aumentos salariais ou alteração de procedimentos disciplinares, entre outros.
Em caso de cancelamento de voo é importante que os passageiros tenham conhecimento dos seus direitos.
Em primeiro lugar, é importante saber que a responsabilidade da não realização de um voo é imputável à companhia aérea mesmo em caso de greve. Embora não tenham direito a indemnização os passageiros devem ser reembolsados de despesas de alimentação em virtude do tempo de espera que tiveram no aeroporto enquanto esperavam pelo voo alternativo. Para que o pagamento seja feito, devem ser guardados todos os talões correspondentes às despesas.
A Ryanair é ainda responsável por alocar os passageiros afetados no voo seguinte mais próximo para o mesmo destino ou oferecer o reembolso total dos bilhetes.
A companhia pode ainda pedir aos passageiros que reservem voos noutras companhias, para garantirem a viagem. Se isto acontecer é aconselhável pedir aos funcionários que fizeram a sugestão um documento comprovativo de que o dinheiro que vai gastar será totalmente reembolsado.
Foto de David Precious, Flickr