As minhas últimas férias foram na Cote d´Azur, mais conhecida como Riviera Francesa. Foram 10 dias num sítio único, maravilhoso, paradisíaco, com a praia a escassos metros de casa. Dito desta forma parece que sou uma mulher rica… e sou. Não rica em dinheiro, mas rica culturalmente. Afinal, uma das grandes vantagens de viajar é que enriquecemos sempre o nosso interior e a nossa forma de estar com a vida. Por isso sim, fui uma mulher rica na Riviera Francesa e estou ainda mais agora.
De Marselha a Nice, é notória a riqueza paisagística. O mar é de tom azul tão claro que se consegue ver o fundo. A água é limpa e muito tentadora. Todavia, são poucas as praias gratuitas. Sim. É a Riviera Francesa, uma das zonas mais luxuosas do mundo. Tudo se paga. Os areais, além de serem pequenos, são na sua maioria propriedade dos diversos hotéis que existem junto ao mar. Nestes casos, apenas podem ir para a praia quem quiser pagar ou quem estiver hospedado no hotel. Só quem conhece bem a zona sabe onde existem os pequenos recantos paradisíacos para conseguir estender a toalha gratuitamente. A coisa não é fácil. Felizmente, tendo uma amiga a viver nesta zona, tudo se tornou mais simples.
Há lugares fantásticos, que nos reportam para sonhos. Pensamos que são irrealidades, mas afinal são verídicos. Estão ali. Ainda não tive a oportunidade de viajar muito, mas do que já conheci, nunca pensei ver casas do tamanho de castelos (ou maiores ainda), iates do tamanho da minha casa… com todo o conforto e luxo que a pessoa possa comprar (o melhor, portanto)! Nunca ponderei ver um mar tão azul, que transmitisse tanta tranquilidade e onde fosse possível nadar à noite sem qualquer perigo, com água a rondar os 24 graus. Não é este o sonho da grande maioria das pessoas? Viver junto ao mar e na tranquilidade? Confesso que não me importava. Nada mesmo.
Assim é em Cannes, em Nice, em Antibes e em Toulon, locais por onde passei. Todos estes locais são caracterizados pelas suas praias pequenas, na maioria pagas, mas com um mar muito apetecível. Em Nice o areal é constituído por pedras e não por areia. Às 18h horas as praias fecham. A partir dessa hora as pessoas regressam a casa ou ao hotel e o biquíni dá lugar aos vestidos, a toalha é trocada por malas de Louis Vuitton e inicia-se o desfile nas ruas de Ferraris, Porches, Lamborghinis, entre outros.
O local que mais gostei de ver nos miradouros foi o porto de cada cidade. É magnífico ver do alto o pôr do sol e os raios do “astro rei” a esconderem-se aos poucos e a refletirem na água e nos enormes iates. Não há palavras. Os edifícios são históricos. É notória a influencia italiana aquando as invasões no século XIX. A harmonia, a uniformidade das cores e a regularidade presente nos edifícios, fazem de um passeio banal nestas localidades um autêntico sonho. O bom gosto da arte moderna francesa também está presente. Os monumentos e prédios são todos muito bem trabalhados. Exemplo disso é o famoso hotel Negresco, em Nice, que dispõe de vista para a praia. Em Cannes é notória a direção do turismo em torno do anual e mais famoso festival de cinema: Festival Internacional de Cinema de Cannes. Por ali passam todas as celebridades do cinema, na famosa passadeira vermelha onde o turista pode tirar a foto para recordação.
Existem várias ilhas ao longo da costa do sul de França que podem ser visitadas de barco. A mais famosa e que tive a oportunidade de conhecer foi Sant-Tropez. Esta é a ilha de eleição para passar férias de muitos famosos de Hollywood. Nomes como Leonardo DiCaprio ou Gisele Bündchen passam por lá para gozar alguns dias de férias nos seus respetivos iates. Esta ilha tem uma espécie de “emaranhado de ruas” em tons de terracota, com muitos restaurantes, bares e lojas de arte. Aqui não tive receio de me perder. A ilha é tão pequena e acolhedora que rapidamente encontramos um sítio pelo qual já passamos e facilmente chegamos ao centro histórico da ilha. No Vieux-Port, podem ver-se iates de todos os tamanhos, alguns mais altos que os próprios prédios da ilha. A tarte Tropézienne é o doce típico da ilha.
Mas nem tudo é mágico… as pessoas não são educadas. E que me desculpem os franceses, mas têm que aprender a conduzir! Deixar passar um velhinho à frente no supermercado? Ou uma grávida? Nem pensar!!! Ceder o nosso lugar a alguém mais velho? Ele que chegasse primeiro! Parar nas passadeiras, nos stops? Isso é para meninos… Sim. Na Cote d´Azur só tem prioridade quem sabe e pode. Não é quem tem direito.
Tudo é diferente no Mónaco. No Principado do Mónaco é notório em qualquer esquina a boa educação, a simpatia, a riqueza, a beleza…o país faz jus aos seus reis e em todas as esquinas se vê fotografias da família real. No país conhecido como o “paraíso fiscal”, é luxo por todo o lado, desde o porto ao famoso Casino de Monte Carlo. Na estrada só andam carros de topo de gama e dificilmente se vê alguém na rua que não vista algo de uma marca internacionalmente conhecida. Nas ruas que levam à residência dos reis, é impossível não pararmos para tirar dezenas de fotos. Tudo é lindo, mágico, diferente. Parece que não se pode tocar para não estragar. Simplesmente sensacional.
Na segunda maior cidade francesa, Marselha, nota-se imenso a influência muçulmana, principalmente nos edifícios. O porto é o mais bonito que já vi e é neste local que se concentram a maior parte das pessoas no final do dia. O “teto- espelho” que se encontra no Vieux Port de Marselha faz as delícias dos turistas. Os monumentos estão bem sinalizados, mas as ruas são um pouco sujas e achei uma cidade um pouco perigosa. Fazer praia em Marselha é quase impossível. As praias não são muito boas, comparando com as restantes da costa, mas a viagem de barco às Calanques vale muito a pena. Ao longo da viagem é possível ver pontos lindíssimos de Marselha e conhecer a sua história de terra e mar.
Toda esta região da Riviera Francesa vale muito a pena visitar, mas é uma zona turística muito cara. Não se almoça num restaurante por menos de 30€ (exceto nos Mc Donals) e não encontrei uma bebida num bar abaixo dos 15€. Como fiquei em casa de uma amiga, não sei valores de hotéis, mas de certeza que também são caros para algumas carteiras portuguesas. Todavia, é uma região riquíssima em termos paisagísticos e super relaxante para quem procura uns dias para esvaziar a cabeça de tudo. Recomendo.
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