Apesar de ter poucos quilómetros de extensão, a ilha da Madeira é farta em especialidades gastronómicas e produtos que ajudam a traçar-lhe a identidade. O Bolo do Caco, o vinho e as bananas são amplamente conhecidos um pouco por todo o mundo, mas também há rebuçados de funcho, milho frito ou os vários pratos de peixe que só aqui podem ser verdadeiramente saboreados porque é aqui que são confecionados por quem sabe.
Bolo do Caco
Tem nome de bolo, mas não vá ao engano porque o Bolo do Caco é, na verdade, um tipo de pão. O nome tem origem na pedra onde é cozido e que lhe dá a forma arredondada e achatada.
Como qualquer tipo de pão pode ser comido das mais diversas formas, mas é na manteiga de alho que encontra a melhor companhia. O prego em Bolo do Caco é mais uma das perdições que não pode deixar de ser experimentada.
Banana
Não é preciso ir à Madeira para provar a banana mais saborosa do mundo, ela está à venda em qualquer supermercado do continente e é facilmente identificada das que chegam a Portugal importadas de outros países. É substancialmente mais pequena, o que ajuda a concentrar o sabor.
Esta produção é uma das que mais contribui para a economia da ilha da Madeira, uma vez que é produzida em grande quantidade. As temperaturas quentes e húmidas da pérola do Atlântico dão uma grande ajuda.
Frutas da Madeira
No Mercado dos Lavradores os primeiros a comer são os olhos porque as cores das frutas saltam de imediato à vista. Logo a seguir, a hospitalidade e engenho de quem vende deixam-nos provar tudo e mais alguma coisa, desde a típica banana da Madeira, passando pelos maracujás de diferentes sabores, as anonas, os abacates, os maracujás, as cerejas ou as pitaias.
Espetadas em pau de loureiro
Começou por ser um prato típico das festas e romarias madeirenses e até era comido à mão. O tempo deu-lhe um lugar de destaque em muitos restaurantes da ilha, sendo em Câmara de Lobos o local onde se impôs.
A carne de vaca é cortada em cubos e grelhada no pau de loureiro, o que lhe dá um sabor especial. O milho frito é o acompanhamento mais comum.
Peixe Espada
O peixe espada é outro dos príncipes da gastronomia madeirense, ou não estivéssemos a falar de uma ilha que tem no mar uma das suas maiores riquezas. Pode ser comido apenas grelhado, frito, em panado ou temperado com outras duas riquezas da ilha: a banana e o maracujá. Parece estranho? Garantidamente não é!
Lapas
Também as há junto às praias do continente, mas é nos arquipélagos dos Açores e da Madeira que são mais apreciadas. Talvez porque por aqui as águas límpidas do Atlântico não as deixem ser afetadas pela poluição de outras latitudes.
Apanhadas nas rochas quando a maré está baixa, este é um petisco ideal para se acompanhar com uma cerveja Coral logo a seguir a um dia de praia ou no final de um dos muitos trilhos que a ilha oferece. Pode abrir uma refeição ou, para os verdadeiros amantes, serem elas mesmas a refeição.
Atum
Continuamos a ir buscar pratos ao mar e agora avançamos para outro dos peixes abundantes nas imediações da Madeira, o atum. Um peixe muito apreciado e que também tem várias formas de ser confecionado, sendo a cebola e os pimentos dois dos seus melhores companheiros.
Castanhetas
O aspeto pode não ser o mais delicioso do mundo, mas o paladar não está alinhado com o olhar. As Castanhetas são um dos peixes mais comuns na costa madeirense e facilmente se tornaram num dos petiscos mais comuns e apreciados. Vêm para a mesa fritas.
Milho frito
Tudo começa algumas horas antes de chegar à mesa. O milho é cozido lentamente em água e com couve, alho, banana e azeite. Depois de transformado em puré é cortado em cubos, frito e acaba a acompanhar quase todas os pratos tipicamente madeirenses: da espetada ao peixe espada.
Rebuçados de Funcho
Para além de serem uma ótima guloseima, os rebuçados de funcho ainda ajudam a acalmar a tosse de forma natural. São feitos com funcho, uma erva bravia que abunda no Funchal e que é responsável pelo nome da capital madeirense. Quando os povoadores desembarcaram na Madeira e viram as encostas repletas desta erva, não tiveram dúvidas na escolha do nome de batismo.
Bolo de Mel
A tradição é que se faça no Natal, mas tal como outros doces, hoje já não é preciso esperar pelo fim do ano para o poder comer. Feito com mel de cana de açúcar, tornou-se um símbolo da ilha e é ideal para levar de recordação no regresso a casa porque pode aguentar-se mais de um ano sem ficar rijo ou ganhar bolor.
Poncha
Abrimos a página das bebidas típicas da Madeira com a Poncha. Nem podia ser de outra forma. Esta é uma bebida feita com aguardente de cana e nos seus primórdios começou por ser uma bebida consumida pelos pescadores da ilha. O copo acaba de se encher com sumo que pode ser de maracujá, limão ou laranja. A acompanhar há sempre um punhado de amendoins cujas cascas devem ir parar diretamente ao chão do espaço onde está a ser bebida.
Cerveja Coral
Seja a acompanhar as lapas, as castanhetas ou qualquer outro prato na Madeira, a Cerveja Coral é presença assídua em todos os cafés e restaurantes da ilha. Nascida em 1969 cedo ultrapassou os limites impostos pelo mar e hoje marca presença em vários mercados, principalmente onde há comunidades de madeirenses.
Brisa
Os refrigerantes Brisa já têm vários sabores como limão, maça ananás ou laranja, mas é o de maracujá que se distingue porque foi o primeiro do mundo a ser feito com o sumo puro deste fruto.
Vinho da Madeira
Portugal é um país de vinho e são poucos os recantos onde não seja possível produzi-lo com grande qualidade. A Madeira não é exceção e apesar das dificuldades em encontrar-se um espacinho para fazer crescer as vinhas, elas lá se vão impondo, fazendo deste produto um dos mais apreciados tanto na ilha, como fora uma vez que é exportado para várias latitudes.
O vinho é quase tão antigo como a ilha, havendo registos da sua existência 25 anos após o início da colonização que aconteceu há quase 600 anos.
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[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] A Madeira tem um clima semi-tropical, sendo frequente experimentar as diferentes estações do ano num só dia, mediante a zona da ilha onde se encontre. Os meses de abril a outubro são os mais indicados para visitar a ilha, mas ao longo de todo o ano as temperaturas são amenas.