Roma é uma das cidades mais famosas do mundo e seria injusto dizer que isso se deve exclusivamente à sétima arte, mas a verdade é que há muitos filmes que ajudaram a eternizar alguns dos monumentos e histórias mais conhecidas da cidade. Um deles até criou uma tradição que ainda hoje existe e gera milhões de euros anuais para instituições de caridade. Sim estamos a falar das moedas atiradas à Fontana di Trevi.
Mas há mais histórias da sétima arte que merecem um play antes de qualquer viagem. Veja a seleção do W360.PT.
Comer, Orar e Amar
É um daqueles clássicos de domingo à tarde que não sendo uma obra prima do cinema vai ser impossível não o ver até ao fim. Pode até ser uma história inspiradora para muitas pessoas que estão à procura de mudar de vida como Liz Gilbert, a personagem principal aqui interpretada por Júlia Roberts que depois de vários anos assente numa estabilidade que parecia de pedra, tudo ruiu. Foi nesse momento que decidiu partir à procura do mundo e um dos seus pontos de paragem foi a capital italiana.
Alguém tem dúvidas de que comer, orar e amar são três verbos que podiam ser uma definição única da cidade? Este filme é um verdadeiro cartão postal da cidade e Liz uma guia improvável. Uma das primeiras cenas em Roma mostra-a a admirar a cidade e o Vaticano a partir do Castelo Sant’Angelo. Dali até ao final da história há passagens pela Piazza Navona, o restaurante Santa Lucia onde mostra como tem aprendido italiano de forma quase irrepreensível, bem como outros pontos da cidade imperdíveis.
Anjos e Demónios
Num filme para os fãs de mistério, Anjos e Demónios têm uma história muito absorvente mas com espaço para as envolventes. A história centra-se num plano de ataque ao topo da Igreja Católica. Depois da morte de um Papa, uma ordem chamada “iluminati” tenta raptar os cardeais que podem estar na linha de sucessão para conseguir chegar ao poder.
Na busca por estes alvos a abater, os “iluminati” procuram na Praça e Basílica de São Pedro, no Vaticano, na Piazza del Popolo o obelisco egípcio está em grande destaque e a Igreja Santa Maria Della Vitoria surge como mais um ponto de combate. Como não podia deixar de ser, também o Castelo Sant’Angelo é usado nestas emboscadas com o arcanjo de São Miguel a observar toda a ação. O objetivo não fica cumprido sem passagens pelo Panteão e pela Piazza Navona com um mergulho na Fontana dei Quatro Fiumi.
La Dolce Vita
Este é provavelmente o maior responsável pela dificuldade que todos os que visitam Roma têm em chegar junto da Fontana Di Trevi. Centrado na vida das estrelas que gostavam de se mostrar em Roma em plena época do espetáculo, conta a história da personagem interpretada por Anita Ekberg, uma mulher mundana que vivia a Dolce Vita e era observada por um jornalista de mexericos que acaba por se aproximar demais.
O ponto alto desta relação é o banho nas águas deste que se tornou um ícone maior da cidade e que ainda hoje é alvo de várias tentativas de entrada indevida. Apesar de ser proibido tomar banho na Fontana di Trevi, as autoridades já retiraram muitas pessoas do seu interior, detendo-as ou aplicando-lhes multas severas. Muitas estavam vestidas tal e qual os protagonistas deste filme.
A Fonte dos desejos
A Fontana di Trevi não é apenas um dos monumentos mais visitados de Roma, é também aquele que mantém intacto um mito há vários anos. São poucas as pessoas que se aproximam da água e não viram costas para arremessar uma, duas ou três moedas para a água. Atirar uma moeda garante um regresso à cidade, atirar duas vai encontrar o amor com um belo ou uma bela italiana, se não olhar a despesas e atirar três, sai da Praça di Trevi de casamento marcado com a pessoa que conheceu.
Esta tradição nasceu precisamente com o filme A Fonte dos Desejos que conta a história de três mulheres com objetivos de vida diferentes, mas todas elas dependentes de um amor difícil. O acreditar de milhares de turistas até pode não ajudar a concretizar os objetivos predefinidos, mas ajuda as várias instituições a quem o dinheiro é distribuído todos os anos.
Gladiador
A viagem agora é em direção ao Império Romano para um filme que se centra na história dos gladiadores, os homens que protagonizavam os espetáculos no centro do Coliseu de Roma. Os combates eram entre vários destes gladiadores, mas muitas vezes eram uma injusta luta entre homens e animais selvagens. Não é preciso dizer que esta prática deu origem a milhares de mortes, mas inspirou também muitos filmes como este.
Apesar de muitos dos cenários terem sido reconstruídos em estúdio e alguns deles serem mesmo representações feitas em computador, através do Gladiador é possível entrar no Coliseu de Roma, passar pelo Fórum Romano e Palatino, bem como o Circo Máximo que serviu de palco de batalhas em campo aberto com capacidade para mais de 300 mil pessoas a assistir.
Ben-ur
Continuamos na senda dos filmes épicos que retratam o período mais épico de Roma, o período daquele que foi um dos maiores impérios do mundo. Ben-ur foi um verdadeiro campeão dos Óscares quando estreou a sua primeira versão em 1959. A partir daí já teve outras adaptações.
A história é muito centrada naqueles que hoje são monumentos que chegaram em condições de conservação verdadeiramente impensáveis como é o caso do Fórum Romano, o Panteão, e o Circo Máximo.
Para Roma com Amor
Depois de Londres, Barcelona e Paris, Woody Allen decidiu dedicar um filme a Roma. Esta comédia romântica centra-se na história de quatro casais que nunca se cruzam mas que têm algo em comum: estão todos na capital italiana. É uma comédia romântica sem grandes preocupações com a intensidade da história, mas que funcionada como um estimulador de apetite para visitar a cidade.
As personagens vão ironizando com algumas características da cidade como são as ruelas mal amanhadas, mas também se mostram de queixo caído com as verdadeiras relíquias que esta metrópole museu tem para oferecer. É uma espécie de colocação de pontos no mapa para estes quatro casais, mas não precisa de ser assim para quem lhes quiser seguir o exemplo no roteiro.
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[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] Julho e agosto são os meses mais quentes em Roma. No resto do ano as temperaturas nunca são demasiado baixas, ainda assim a chuva é frequente.