Com os dias quentes a chegar, são várias as pessoas que aproveitam para relaxar junto a uma piscina e muitas outras as que esperam pela reabertura dos parques aquáticos que fazem as delícias das crianças, mas também de muitos adultos.
Com tantas regras a cumprir para evitar ficar infetado, a dúvida sobre se o ambiente aquático pode ser ou não propulsor de contaminações é legítima, mas não parece ter grandes razões. Ainda assim há perigos que não podem ser descurados.
“Não há nada inerente à água do oceano ou especificamente à água das piscinas que seja fator de propagação. O vírus não é transmitido por via aquática, para além disso o cloro ajuda ainda mais a eliminá-lo”, explica Ebb Lautenbach, diretor do departamento de doenças infecciosas da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos (EUA), ao The New York Times.
Conheça a maior piscina do mundo
Angela Rasmussen, virologista da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia tem a mesma opinião: “Provavelmente existe uma possibilidade teórica de que uma pessoa possa ser infectada pelo coronavírus através da água da piscina, mas é tão insignificante que provavelmente é zero”.
O problema num parque aquático ou numa piscina parece ser outro: as restantes pessoas que estão a frequentar o mesmo espaço.
Os cientistas acreditam que o vírus pode resistir em determinadas superfícies durante algumas horas, transformando-as numa fator de risco para quem toca nelas, ainda assim, “não se acredita que essa seja a principal maneira de propagação”, explica o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA.
O consenso entre especialistas concentra-se na transmissão direta de pessoa para pessoa através do contacto com gotículas expelidas por um infetado através da tosse, espirros ou a fala.
De acordo Angela Rasmussen, é expectável que o fator de maior preocupação esteja, por exemplo nas “longas filas para descer um escorrega, ou até festas de piscina”, muito típicas do tempo quente e que juntam muitas pessoas.
Sabe-se também que o risco de propagação do vírus é maior em ambientes fechados, sendo os balneários destes espaços são lugares a evitar. Os banhistas devem ainda ter em atenção o distanciamento de segurança, mesmo dentro de água, uma vez que a utilização de máscara enquanto se nada, não faz sentido. Ainda assim a utilização desta proteção não deve ser descurada enquanto se está fora de água.