Raptos, ataques terroristas, guerras e instabilidade política são alguns dos motivos que levaram o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido a criar uma lista de 16 países que devem ser evitados no momento de escolher um destino de férias.
Se alguns destes nomes nos entram com frequência pelas páginas dos jornais pelos piores motivos, alguns deles podem passar despercebidos, ainda assim representam riscos que não devem ser corridos.
A quantidade e qualidade dos monumentos, muitos deles classificados como Património da Humanidade, existentes nestas latitudes podem fazer muitos turistas quererem aventurar-se apesar dos alertas, ainda assim o conselho é claro: evite visitá-los.
Afeganistão
Há dois riscos que quem quiser visitar o Afeganistão vai correr: ser raptado ou ser apanhado num dos muito comuns atentados à bomba. Os hotéis são lugares particularmente apetecíveis para os terroristas e as viagens de carro pelo país, principalmente fora da capital podem cruzar-se com milícias armadas.
Burkina Faso
O Burkina Faso é um daqueles destinos que poucos terão equacionado na hora de fazer uma viagem turística. E ainda bem. Os ataques contra estrangeiros são os preferenciais dos terroristas que apontam a restaurantes, cafés e hotéis com muita frequência.
Burundi
Não fosse a instabilidade política e o Burundi era um destino ideal para os amantes de praia e calor. Ainda assim, mais provável do que ter dias de descanso é ser apanhado num assalto a uma loja ou a um dos bancos das principais cidades. Há uma guerra civil em curso e o risco para a vida para quem visita este país africano é óbvio.
República Centro Africana
Aos portugueses a República Centro Africana diz muito. É aqui que estão alguns militares do nosso país ao serviço das Nações Unidas, em missão de paz. Mas esta é uma missão que ainda não está concluída e, por isso, a paz ainda não chegou. Os saques e ataques à bomba são frequentes, o que impossibilita qualquer atividade de turismo, particularmente aquela em que este país seria mais forte: a dos animais selvagens.
Chade
Continuamos em África e em mais um país onde os conflitos políticos afastam os turistas de experienciarem algumas atividades verdadeiramente únicas. É o caso do deserto do Sahara. Para os estrangeiros o grande risco é o de serem vítimas de raptos que têm como objetivo pedir recompensas financeiras às famílias.
República Democrática do Congo
Com o acesso bloqueado a este país, milhares de turistas perdem a oportunidade de contactarem com alguns dos mais imponentes animais selvagens do mundo. Os raptos, mais uma vez, são muito frequentes e são geralmente perpetrados pelos vários grupos armados que disputam o poder.
Iraque
De novo no Médio Oriente, este é um dos países do mundo com mais e melhor património que está vedado ao mundo, mas não é esse o motivo que faz o Iraque entrar quase diariamente nas páginas de jornais de todo o mundo. A instabilidade política, associada à disputa constante de território transformam-no num dos países mais perigosos do mundo e, apesar de motivos não faltarem, um dos que mais se devem evitar.
Líbia
Falamos agora de mais um país que em circunstâncias normais estaria na lista de desejos de qualquer viajante. Como o Iraque a Líbia é um dos países com mais atributos turísticos do mundo, mas que estão desaproveitados por conta da instabilidade política que se traduz em ataques diretos contra estrangeiros levados a cabo, muitas vezes, pelo Estado Islâmico.
Mali
Em tempos já foi um dos países mais influentes na disseminação do islamismo por toda a África. Hoje não só não é capaz de ser exemplo para ninguém, como os raptos e ataques frequentes contra estrangeiros o põem na lista de países que deve visitar… daqui a muito tempo. No dia em que a paz chegar.
Mauritânica
Os amantes de surf iam adorar a Mauritânia se a pudessem visitar. As ondas são perfeitas para a prática do desporto, mas em terra há vários ataques dirigidos especialmente contra estrangeiros o que o faz estar na lista de países a evitar.
Nigéria
Agadez é um dos lugares classificados como Património da Humanidade que pode estar na lista de muitos turistas, mas, pede a prudência, vai ter que esperar. Há ameaças constantes de ataques terroristas que põem em causa a segurança de quem quer que o visite.
Coreia do Norte
É um dos países mais fechados do mundo e consta desta lista não porque os turistas não o possam visitar, mas porque devem ter várias precauções quando entrarem numa das restritas excursões que o regime vai organizando. O João Chaleira é português, esteve na Coreia do Norte e conta ao W360.PT como é a experiência de visitar este lugar que está longe de tudo:
Somália
Este é mais um dos destinos que podia figurar, sem grandes problemas, na lista de destinos para quem gosta de praia, sol e muita tranquilidade. Ainda assim a Somália ainda não conseguiu organizar-se internamente e os ataques contra estrangeiros são frequentes.
Sudão
Praias quase inexploradas com mares ideais para mergulho, deserto, montanhas, florestas e muito património. Há por aqui mais pirâmides do que no Egipto, mas não podem ser visitadas porque apesar de a capital ser um lugar relativamente calmo, a verdade é que continuam as disputas armadas de território um pouco por todo o resto do país.
Síria
Mais um país em guerra que tem património de perder de vista e praias deslumbrantes. Há uns tempos o turismo da Síria até lançou uma campanha em que promovia férias de verão no país, mas não é todo recomendável que os ocidentais aceitem porque a guerra ainda não acabou e continuam a morrer centenas de pessoas todos os dias.
Iémen
Este é mais um país proibido para turistas por conta dos ataques terroristas e raptos que são frequentes. O património é mais que muito e uma vez mais não pode ser visitado.
Estes são alguns dos países que não devem ser visitados, pelo menos para já. Mas pior do que não poder visitar alguns dos lugares turísticos mais fascinantes do mundo é ter que viver em clima de instabilidade constantemente como acontece com estas populações.