O W360.PT faz 5 anos e estas são as 5 viagens que mais nos marcaram

No 5º aniversário do W360.PT fomos ao baú matar saudades das viagens que mais nos marcaram. Esta é a nossa seleção

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Quando olhamos para trás e percebemos que já passaram cinco anos desde que publicámos o primeiro artigo no W360.PT, pensamos que já vimos muita coisa, mas ainda nos falta muito para mostrarmos tudo o que queremos mostrar. Ainda há muitas viagens que nos faltam fazer, mas também há umas quantas que já fizemos, mas ainda não conseguimos mostrar. A gaveta está cheia e essa é uma das nossas grandes alegrias: mesmo obrigados a parar por causa da pandemia, nunca deixámos de publicar.

Serve esta introdução para dizer que todos os destinos W360.PT foram especiais de alguma forma, mesmo os que ainda não estão online (é como perguntar a um pai e a uma mãe qual é o filho de que gostam mais). Foi por isso difícil escolher apenas cinco para este artigo, mas demos o nosso melhor e esta é a nossa lista e os nossos argumentos.

Dublin, o rosto das viagens democráticas

O roteiro de Dublin foi a primeira manchete do W360.PT. A viagem tinha sido feita uns meses antes de o site ficar disponível e os vídeos da Old Library e da Guinness Store House tinham ficado tão supimpas que, muito provavelmente, foi por causa deles que esta cidade ficou com a marca da nossa estreia. Também porque fomos por lá muito bem recebidos, sempre com uma palavra de amizade e um sorriso de todos os que connosco se cruzavam.

A capital irlandesa é uma das marcas mais evidentes de um novo turismo que muitos gostam de chamar low cost ou de massas, mas por aqui preferimos usar a palavra democrático. Dublin é a casa da Ryanair, a odiada companhia de baixo custo que, de facto, tem muitos defeitos, mas também tem a grande virtude de ser a única maneira de muitas pessoas visitarem muitos destinos. A nossa viagem ficou em qualquer coisa como vinte euros por trajeto. Há problemas de sustentabilidade? É claro que há, mas o mundo só pode mudar se conhecermos melhor as pessoas para quem temos preconceitos.

Moscovo, primeiro estranha-se

A viagem a Moscovo esteve na nossa lista de desejos durante algum tempo, até que saiu do papel. O roteiro pela Rússia incluiu também uma passagem pela monumental São Petersburgo, mas foi na capital que ficamos a conhecer a verdadeira alma russa. O preconceito de um povo fechado, pouco hospitaleiro e até algo rude não foi fácil de desfazer, mas desengane-se quem acredita que visitar Moscovo é entrar numa realidade paralela. Esta é uma verdadeira capital europeia. Arriscamos mesmo dizer que alguns países do leste europeu e que fazem parte da União Europeia, têm menos pontos em comum com Lisboa do que a capital russa.

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Mas há diferenças bem vincadas. E difícil encontrar quem fale inglês e os rostos fechados raramente se abrem. Ultrapassar regras estabelecidas pode implicar um ralhete com a sobrancelha franzida, mesmo que a regra quebrada seja um simples ajeitar do penteado, o que pode deixar cabelos espalhados no chão. Não precisamos de perceber russo, para percebermos que fizemos asneira.

Apesar de tudo, Moscovo é a cidade da Catedral de São Basílio, do Kremlin, da Praça Vermelha e do Bolshoi. Já chega de motivos?

Veneza, os italianos só podem ser formidáveis

Um dia alguém nos disse que os italianos só podem ser pessoas formidáveis porque para além de terem conseguido construir um país maravilhoso, conseguiram preservá-lo até aos dias de hoje. As cidades que todos conhecemos pela sua monumentalidade são às dezenas e é difícil escolher quais visitar quando rumamos ao país. Roma tem o Coliseu, Milão a Catedral de Duomo. De Veneza, não há um grande destaque. Até pode parecer um lugar comum, mas esta cidade é um verdadeiro monumento a céu aberto que nem parece real.

Dos canais navegados por Gôndolas, às ruas estreitas e sombrias, há qualquer coisa que só se sente em Veneza. A tudo isto juntamos a hospitalidade dos italianos que tal como nós gostam de horas fiadas de conversa, uma cerveja e um petisco em cima da mesa.

Cuba, a história e a praia

Um dos grandes dilemas de quem viaja passa por conseguir aliar cultura e história a uma viagem que se quer relaxada. Se é certo que uma escapadinha citadina nos deixa mais cansados do que estávamos quando entrámos no avião, também é certo que é possível calcorrear ruas cheias de história de manhã e aproveitar águas quentes e cristalinas à tarde. Onde? Em Cuba, claro. O país dos charutos, do rum e dos carros antigos que parece que parou no tempo.

Nos últimos anos tem havido alguma renovação da ilha e algum do encanto até já se foi perdendo, mas não podemos deixar de pensar que esse encanto que tanto admiramos está associado à vida difícil de milhares de pessoas. Ora, se o progresso é inevitável e, em certa medida, até desejável, há coisas que não precisam de mudar: o carinho e o sorriso rasgado dos cubanos.

Madeira, uma ilha com tudo incluído

A Madeira foi um dos últimos destinos que visitámos. Não se compreende que não tenha sido dos primeiros. A “pérola do Atlântico” é mais uma das peças que dá ao puzzle de Portugal o selo de destino com tudo incluído.

Serão poucos os países europeus que podem dizer que têm neve no inverno (na Serra da Estrela), mas também são tropicais. Portugal pode por causa da Madeira (e, já agora, dos Açores também). A Floresta Laurissilva é a prova de que não precisamos de percorrer milhares de quilómetros para chegar a um ambiente húmido e denso. O melhor de tudo é que esta ilha maravilhosa está pensada para que a possamos descobrir a caminhar, em contacto direto com a natureza.

De pernas doridas, também é bom ter o conforto do delicioso bolo do caco, as castanhetas, as espetadas em pau de loureiro ou a fruta. Ah, e foi aqui que nasceu um dos melhores jogadores de futebol do mundo!

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