Índia, os cheiros, as cores e os brilhos no olhar

Os cheiros, as cores, os brilhos no olhar, o escuro do chão e da pobreza, o pó no ar e na pele. A mística da mistura do incenso, a essência da flor de lótus.

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Não gosto de tirar selfies. Gosto de fotografar paisagens de forma panorâmica. Paisagens de céu aberto. De ver terra e mar a perder de vista. Faz-nos sentir pequeninos, naquilo que somos e experienciamos. Nós e o mundo, simples.

Gosto de saborear as memórias que tenho de cada lugar e das pessoas com quem as partilhei.

Gosto de cobrir um mapa de pioneses, como o que tenho na sala, como se fosse o meu diário de bordo, destas jornadas que me apaixonam.

Índia – novembro de 2014

Tentativa de descrição de experiência 1: … falhada

Tentativa de descrição de experiência 2:… falhada

Tentativa de descrição de experiência 3:…falhada

Tenho dificuldade em colocar em palavras o cocktail de emoções que me assaltam em cada uma.

A Índia foi um destino que acabei por encontrar por acaso, por sugestão de um amigo. No entanto, sinto hoje que é um destino marcante e desafiante às nossas crenças de “europeus”… E por isso é e será sempre um destino inesquecível. Coloca todas as nossas lógicas à prova.

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Higiene. Alimentação. Cultura. Religião

A ordem ali é precisamente a falta dela.

Os cheiros, as cores, os brilhos no olhar, o escuro do chão e da pobreza, o pó no ar e na pele.

A mística da mistura do incenso, a essência da flor de lótus.

Religião:

Crenças que moldam vidas.

Vidas que iluminam olhares de forma serena.

Um corpo sereno com um olhar a transbordar de energia.

Talvez seja este mistério que trouxe. Este olhar que permanece no meu.

O mistério de se ser feliz com tão pouco. O de se ser feliz por se querer pouco.

Hindus, budistas, muçulmanos…

Todos partilham o mesmo conhecimento: o da serenidade da espera, o da esperança no que lá vem, o da alegria do presente, o da simplicidade do serviço.

Não me esqueço. Duvido que o faça mesmo em toda uma vida.

Deixo agora um resumo dos pontos mais importantes deste roteiro de 11 dias com um sorriso nos lábios de saudade.

A não perder na Índia: Varanasi, Khajuraho, Agra, Jaipur.

[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Dehli primeira sensação: sentir a poluição a esconder o sol, não há céu azul

Jama Masjid a maior mesquita da Índia

Raj Ghat memorial onde se encontram as cinzas de Mahatma Gandhi

[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Varanasi

Sarnath um dos maiores templos budistas do mundo

Viagem de rickshaw pela cidade ouvir os apitos e assobios constantes, espetacularmente sem acidentes

Assistir às cerimónias nas margens do rio Ganges ao pôr-do-sol nome da cerimónia: Ganga Aarti. Ver no fim milhares de luzinhas que não são mais que lamparinas com flores a flutuar no rio, que têm o sentido de colocarmos o nosso caminho nas mãos de Deus, ele nos levará onde for melhor para nós.

Assistir ao nascer do dia a partir de um barco do rio assistir aos banhos purificadores dos pecados e às piras a arder. Morrer em Varanasi é fechar o ciclo de reencarnação, segundo a crença Hindu

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[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Khajoraho

Templos famosos pelas esculturas eróticas presentes nas suas paredes exteriores

[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Agra

Taj Mahal o monumento do Amor

Agra Fort

[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Jaipur

Subida em elefantes coloridos até Amer Fort e deixar-nos pintar pela pintura de henna numa das mãos

Infelizmente percebi depois no Sri Lanka que os apoios onde vamos sentados normalmente causam feridas nos elefantes, por isso, apesar de ter adorado chegar em cima de um elefante com o rufar de tambores ao forte, hoje em dia teria tentado outra alternativa.

City Palace Museum

Observatório “Jantar Mantar”

Hawa Mahal (Palácio das janelas)

[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Mumbai

Portal da Índia

Descobrir as várias casas de estilo português da era do colonialismo

Museu Mani Bhavan Casa onde viveu Gandhi

Dhobi Ghat lavandaria a céu aberto

Podia deixar aqui todos os pormenores mais históricos e geográficos, mas a mim, pelo menos, não é isso que me move. Não é saber que falam mil línguas diferentes ou que existem x hindus ou y muçulmanos. E sim, perceber-me naquilo que sou e naquilo que não sou, por meio destes encontros com o outro lado do mundo.

Viajar para mim é isto: desafiar o meu comodismo, colocar à prova a minha visão da realidade, expandir a minha consciência sobre aquilo que sentimos e sabemos.

Viajar é descobrir novos mundos, principalmente os humanos.

Índia
[wp-svg-icons icon=”earth” wrap=”i”] Nova Deli (capital)
[wp-svg-icons icon=”bubbles-4″ wrap=”i”] Hindi, Inglês e mais 21 línguas oficiais
[wp-svg-icons icon=”users” wrap=”i”] 1 210 193 422 hab. (2011)
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] Rupia Indiana (INR)
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] GMT+5
[wp-svg-icons icon=”power-cord” wrap=”i”] Americanas, 3 pinos
[wp-svg-icons icon=”phone” wrap=”i”] +91
[wp-svg-icons icon=”aid” wrap=”i”] 102
[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] A dimensão da Índia impede-nos de classificar de forma geral o seu clima. Ainda assim podemos identificar três grandes estações no país. A estação fria, de dezembro a fevereiro, em que algumas zonas do país (Nova Deli, por exemplo) atingem temperaturas muito baixas. A estação quente, de março a maio, em que as temperaturas podem atingir os 40ºC e sendo a melhor époa para visitar o país. Por fim, referir apenas o período mais violento no que a temperaturas diz respeito. De junho a setembro o país é varrido por fortes chuvadas e trovoadas.
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