Foi junto ao mar que Gonçalo Cadilhe nasceu, mais precisamente na Figueira da Foz e é a partir daí que percorre um mundo onde se cruza com centenas de pessoas e de histórias. No final, é sempre a Figueira da Foz o seu destino final, o seu refúgio.
“Encontros Marcados” é o livro escrito no verão quente de 2011 e relata os vários encontros ocorridos em viagens passadas. É composto por vários episódios curtos e muito sintetizados, que nos fazem sonhar com vários lugares do mundo, ao mesmo tempo que somos absorvidos pelas histórias.
Se pensa que vai ler um livro de encontros agendados pelo autor e meticulosamente pensados, engana-se. Apesar do nome poder sugerir uma ideia, a verdade é que os encontros marcados são só marcados pela ocasião do destino e escolhidos pelo acaso da circunstância.
Com este livro, conhecemos um pouco mais do autor e da sua infância, onde relata vários momentos em família, nomeadamente como o pai, a quem questionava sobre o mundo e a localização geográfica dos países. Revela, por exemplo os tempos em que queria ser hippie no Central Park de Nova Iorque, a sua paixão pelo surf e como os escuteiros lhe mudaram a vida. Nas últimas páginas conta todas as reações que os pais tiveram e como lidaram com as várias situações em que se foi vendo envolvido.
Foi nos escuteiros que este que é um dos mais renomados viajantes profissionais de Portugal cedo tomou a decisão de não continuar a estudar, pensava que só queria ser escuteiro e acampar para o resto da vida. Queria viajar. A realidade, é que os pais não gostaram desta ideia e repreenderam-no. Foi um erro porque o destino quis que hoje essa fosse a sua atividade profissional.
Como o autor diz, ele próprio é “o resultado de encontros marcados pelo destino”: “Sou aquilo que sou graças a quatro décadas de contactos e confrontos com pessoas, lugares, momentos e manifestações da arte e do engenho humano. Não ser eu qualquer outra coisa é, também isso, o resultado de desencontros marcados, de oportunidades falhadas, da estrada errada, do tiro ao lado nessas mesmas quatro décadas”.
Os encontros marcados pelos acasos da vida são proporcionados pelas viagens ao redor dos quatro cantos do mundo, desde América do Sul, Polinésia Francesa, Equador, Sydney, Malásia e, claro, Portugal. Como diz o Gonçalo Cadilhe, “Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e, pelo contrário, o que é apenas tomado de empréstimo de outros.”. Com este livro perca-se nas conversas e diálogos.
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