Os primeiros passos em cima das pedras centenárias do Mosteiro da Batalha fazem-nos levantar rapidamente a cabeça. Há uma monumentalidade evidente, mas o ambiente austero acaba rasgado pela luz dos vitrais que criam marcas coloridas no chão. Este é um dos primeiros tesouros facilmente identificáveis neste que é um dos mais relevantes monumentos portugueses, classificado como Património da Humanidade pela UNESCO desde 1983.
A classificação mundial só veio dar a Portugal aquilo que se sabia há muito. Na Batalha há um verdadeiro exemplar da melhor arquitetura daquela época e não é caso para menos. Houve tempo para todos os materiais assentarem, serem cuidados os detalhes e criar novas formas de fazer arquitetura, formas que são verdadeiros exemplos para todo o mundo. Foram mais de dois séculos de construção que começou em 1385 e só acabou em 1580, um período que mais do que maturação, confere ao Mosteiro da Batalha uma singularidade que conta a história do seu tempo.
É um dos melhores exemplos da Arquitetura Gótica portuguesa, mas os detalhes não nos deixam distrair da profusão do Manuelino, rico em detalhes e que embora tenha sido o último estilo a influenciar as pedras da Batalha é um dos que mais rapidamente nos chega aos olhos, desde logo na porta principal que nos faz perder tempo à procura de pormenores.
Para chegarmos até aqui foi preciso tempo, mas tudo começou com uma vontade quase instantânea, a do Rei D. João que ao ver-se a braços com uma das crises dinásticas mais preocupantes da coroa portuguesa, resolveu pedir ajuda divina. D. Fernando tinha morrido em 1383 sem deixar um homem para lhe suceder e a única filha que tinha o seu sangue estava casada com o Rei de Castela. Foi preciso pedir à Virgem Maria que intercedesse por Portugal e ela acedeu dar a Portugal uma das mais míticas vitórias do reino, a Batalha de Aljubarrota.
Como pagamento da promessa surgiu a construção de um dos mais monumentais mosteiros que Portugal já viu no preciso local onde a bandeira branca de Castela foi erguida.
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] crianças até seis anos: grátis | jovens e idosos: €8,5 | adultos: €10
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] todos os dias: 9h30 às 19h00
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] aceda ao site [wp-svg-icons icon=”compass” wrap=”i”] Para chegar ao Mosteiro da Batalha deve usar a A1 e sair no nó de Fátima/Batalha. [wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] Reserve pelo menos duas horas para conseguir visitar o Mosteiro.