Para chegarmos ao topo do Castelo de São Jorge precisámos de caminhar pelas ruas da Lisboa antiga, que para além de estreitas são também íngremes. Estamos a caminho do topo de uma das colinas da capital portuguesa que é uma das mais altas, ou não fosse este o local escolhido pelos Mouros para instalarem o Castelo que lhes servia de fortaleza e permitia que pudessem observar todas as redondezas para identificarem rapidamente qualquer aproximação do inimigo.
Pelo caminho o encontro é com dezenas de turistas estrangeiros, são eles que se sentem mais atraídos pelo monumento que se consegue ver de vários pontos da cidade. Não fossem os prédios altos que foram sendo construídos ao longo dos anos e o Castelo podia bem ser uma espécie de bússola para quem vagueia pela capital. Todos eles vêm à procura de um contacto com história de Portugal, bem vincada pelos castelos, muralhas e palácios da realeza, mas há mais um elemento que não pode ser descurado: a vista arrebatadora da cidade. Lisboa é uma cidade de miradouros e há vários roteiros para os encontrar, mas este é um dos obrigatórios.
É D. Afonso Henriques quem nos recebe à chegada, o primeiro Rei de Portugal é também o responsável por ainda hoje a bandeira portuguesa estar hasteada num dos mastros do Castelo de São Jorge. Foram as tropas conduzidas pelo conquistador que aqui chegaram quando o território era dominado pelos Mouros e os expulsaram naquele que ficou conhecido com o processo da reconquista cristã da Península Ibérica.
Conhecer a história de Portugal sem passar pelo Castelo de São Jorge é impossível. Esta é uma estrutura que já existia antes mesmo do Reino Português ter nascido, mas foi uma das conquistas mais relevantes do primeiro Rei português que o transformou em residência da corte, antes de se mudar para o Terreiro do Paço, uma das praças mais emblemáticas de Lisboa e que também se pode ver a partir do castelo.
Lisboa tem marcada de forma indelével a passagem do terramoto de 1755, seguido de um tsunami e vários incêndios que a destruíram de forma quase irreversível. O Castelo de São Jorge não foi excessão e sofreu danos severos que acabariam por ser apenas reparados pelo regime fascista de Salazar, já em pleno século XX, que tinha como objetivo glorificar a história portuguesa.
Para além de ser possível percorrer as muralhas vendo Lisboa e vários ângulos, há ainda outras atividades que é possível ter dentro do recinto do Castelo.
Os espaços verdes criam um ambiente saudável e refrescante nos dias quentes do verão português e são criados por várias espécies de árvoras provenientes das florestas portuguesas. Há a ainda a possibilidade de estar em contacto com várias animais que vão fazer as delícias das crianças, como os pavões ou os patos.
No restaurante do Castelo pode ainda fazer refeições e o vinho português também entra na equação, com a vantagem de ser possível desfrutá-lo sentado numa das pedras voltadas para a cidade de Lisboa, pondo em ação todos os cinco sentidos.
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €10 | jovens: €5 | idosos: €8,5 | crianças: grátis
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] todos os dias: 10h às 21h [wp-svg-icons icon=”compass” wrap=”i”] A partir da praça do Martim Moniz, pode fazer o caminho até ao Castelo a pé, mas o percurso é exigente. O elétrico 28 é o que pára mais perto da entrada. [wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] Reserve pelo menos duas horas para visitar o Castelo de São Jorge.