New Year’s Eve em Nova Iorque. Passagem de ano na cidade que não dorme

A passagem de ano, o famoso new year’s eve, é um dos pontos altos de Nova Iorque. Mas como esta é a cidade que nunca dorme há muito mais para fazer.

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Fui passar o new year’s eve aos EUA e acabei por visitar Nova Iorque.

O meu destino, dia 27 de dezembro de 2016, foi Newark, Liberty Airport, nos Estados Unidos da América. Cheguei à uma da tarde (hora local), menos cinco horas que em Portugal. Um dia de sol de inverno recebeu-me e logo me aqueceu o rosto. “Estou nos STATES”- gritei para mim própria, cheia de entusiasmo.

O que me levou aos EUA foi uma surpresa inesquecível preparada pelos familiares que lá vivem: Edison, Nova Jérsia. A intenção era passar o Natal com eles, do outro lado do Atlântico, mas só conseguimos que a papelada estivesse tratada, visto e passaporte, um dia antes de embarcar.

Sempre tive uma grande vontade de viajar e explorar novos recursos, conhecer lugares novos, aprender diferentes culturas, interagir com hábitos de vida diferentes. Sempre fui muito curiosa nessa perspetiva e uma simples caminhada pelos pontos turísticos da minha cidade já me deixa profundamente feliz.

O Novo Mundo, como fora chamado aquando da descoberta por Cristóvão Colombo no séc. XV, é hoje constituído por 50 estados e conta com 308745538 habitantes.

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Com o objetivo de passar o New Year’s Eve (Passagem de Ano) em família, começou assim uma grande descoberta pela cultura, hábitos e maneiras em terras americanas.

Fiquei instalada na casa da minha família, em Edison.

Uma grande casa, tal como aquelas que vemos nos filmes americanos: relva até à estrada, sem quaisquer vedações à sua volta, o marco do correio à beira do passeio e como estávamos em época festiva (Natal e Passagem de Ano) haviam imensas iluminações e decorações que faziam concorrência com as dos vizinhos. Nova Jérsia (cidade a que pertence Edison) fica do outro lado do rio Hudson e consequentemente de Nova Iorque. Sempre que passávamos pelas longas estradas ao cair da noite (cinco da tarde) era possível contemplar o cintilar de luzes dos grandes edifícios de Nova Iorque.

Uma das minhas primeiras paragens foi a Dunkin Donuts para beber um Hot Coffee e acompanhar com um daqueles donuts que fazem lembrar os Simpsons: pink and colorfull. Como qualquer americano faz!

Foi então que no terceiro dia nos EUA (29 dezembro) conheci a famosa e eloquente cidade que nunca dorme, Nova Iorque. Fomos de comboio até lá, a viagem demorou cerca de 40 minutos. Desembarcamos na estação junto ao Madison Square Garden. Assim que desci para a rua, o frio de Nova Iorque invadiu-me, mas foi calor que senti quando parei para observar todo aquele movimento, as pessoas, os carros (e o famoso Yellow Taxi), o barulho e as luzes que só a Big Apple nos proporciona! “Realizei um dos meus sonhos” – ecoava em mim. Eufórica, não conseguia deixar de pensar a quão sortuda era por estar numa das cidades mais emblemáticas do Mundo: The city of dreams. É como se, a cada passo que dava, me sentia na música de Frank Sinatra.

Como estava imenso frio e a chuva já espreitava, fomos comprar bilhetes para andarmos num autocarro turístico que nos levou até aos pontos mais emblemáticos de Nova Iorque. Começámos a viagem pela famosíssima 5th Avenue (5ª Avenida) e deparámo-nos com o Empire State Building; ao admirá-lo, tentei ver o seu ponto mais alto, mas não consegui. Foi possível admirar toda a eloquência da 5ª Avenida, as lojas que a circundam são um mundo. Na verdade, a 5ª Avenida é uma envolvente de Manhattan e o símbolo máximo da riqueza de Nova Iorque. Uns metros mais à frente apaixonei-me pela arquitetura simbólica do Flatiron Building, famoso por ter a forma triangular, encontra-se dividido pelas ruas: 5th Avenue e pela 23rd street de Manhattan. E foi aí que mudámos de direção, na 23rd street e nos dirigimos para o World Trade Center (WTC) e passámos no memorial das Twin Tower (Torres Gémeas). Cortámos para a rua da Brodway e foi possível ver uma multidão de gente a rodear o famoso Charging Bull ou Touro de Wall Street, conhecido por representar o mercado financeiro de Nova Iorque. Símbolo de força e poder do povo americano, foi mandado construir após o crash da Bolsa de Nova Iorque, a “segunda-feira negra” em 1987. Chegamos mesmo a cruzar-nos com o edifício da bolsa que tem o nome de New York Stock Exchange, localizada na imponente rua de Wall Street. A rota terminou pouco depois de atravessarmos Little Italy, e com a passagem pelo emblemático Edifício das Nações Unidas e em paralelo as Trump Towers. Parámos no Rockefeller.

O Rockefeller é uma praça com cerca de 19 prédios circundantes, nos quais se podem encontrar lojas, restaurantes, teatros e ainda algumas sedes de canais televisivos americanos. É aqui que se encontra a maior árvore de Natal de Nova Iorque com a respetiva pista de gelo para patinar. Ao anoitecer, delirei com as luzes de Times Square 14e os meus olhos brilhavam de entusiasmo ao olhar para a bola mais famosa do mundo. Conhecido o evento como Ball Drop, acontece na noite de passagem de ano e a sua queda tem a duração de 60 segundos. Como é possível ver nas fotografias, todo o quarteirão de Times Square já se encontrava intransitável e os canais televisivos norte americanos já estavam preparados para a transmissão deste grande evento.

O dia terminou com uma ida ao Macy’s, a maior loja do mundo! Sim, é uma loja e não um centro comercial! Conhecida pela luxúria e exuberância, esta loja é um dos grandes pontos de interesse turístico para quem visita Nova Iorque. Ocupa um quarteirão inteiro e os brilhos magníficos contrastam com os seus preços extravagantes.

A minha estada na América ainda estava longe de terminar e, após uns dias na cidade da minha família, fui apanhar o barco a Nova Jérsia em direção à Ellis Island e à Liberty Island.

A primeira paragem (Ellis Island) foi uma visita ao museu. Esta ilha era importante ao longo dos sécs. XIX e XX uma vez que era a porta principal de entrada de imigrantes nos EUA. Na Liberty Island encontrei o maior ícone dos EUA, a Estátua da Liberdade. Com uma elevada segurança à entrada, fui obrigada a deixar a lata de sumo que levava para o meu lanche. Oferecida pelos franceses ao povo americano, a estátua representa uma deusa romana com uma tocha na mão direita e na esquerda a declaração da independência dos Estados Unidos da América. Foto estátua da liberdade.

Curiosidade: A Estátua da Liberdade é feita de cobre. Mas então, porque é que ela tem aquela cor esverdeada? Isto acontece devido a um processo de oxidação quando o cobre é exposto ao oxigênio e à humidade. Este processo levou 30 anos até a Estátua ficar totalmente com a cor que vemos hoje.

De regresso a Edison e com o ano novo a rebentar, fomos celebrar a sua chegada ao clube português (onde se reúnem imigrantes portugueses para celebrar diversas festividades juntos). A meia-noite foi passada ao estilo americano: coroas de “happy new year’s eve” para as meninas Foto nye e cartola para os rapazes, juntamente com os fios de pérolas cheios de cor, cornetas e confettis. Os passos de dança estavam em sincronização com a música alta e toda a gente se cumprimentava e bebia champanhe.

Tive oportunidade de assistir a um jogo de basquete no High School que o meu primo mais novo frequenta. E foi uma sensação incrível! Os alunos estavam eufóricos, as cheerleaders ansiosas pelas suas atuações e o corpo diretivo do Liceu a delirar com o jogo. (foto que diz jogo + yellow bus)

Voltei a Nova Iorque já em 2017 e percorri a pé o máximo que consegui. New York Public Library foi o primeiro objetivo do dia. Como estudante de Biblioteconomia e amante de livros e Bibliotecas, era o local que mais me ambicionava. A sensação? Wordless! Librarian Goals.

Subi ao incrível Empire State Building. E como uma imagem vale mais do que mil palavras, a vista era de cortar a respiração.

Percorri a 5th Avenue até chegar ao romântico Flatiron e depois fomos ver as famosas lojas de Soho, em Manhattan.

Os meus últimos minutos em Nova Iorque passaram outra vez por Times Square e claro, comprar algumas recordações nas lojas locais. Fiz uma promessa de voltar lá para que pudesse ver o que não vi, e viver como só em Nova Iorque se vive. Faltaram-me os museus, faltaram-me alguns parques. Mas Nova Iorque, eu vou voltar. Fortune Cookie.

Considero que a viagem aos EUA foi uma das viagens que mais me marcou, principalmente porque foi a minha primeira viagem intercontinental. A cultura americana sempre me suscitou muito interesse e com a minha experiência de 18 dias percebi que os americanos são realmente os campeões dos snacks e do fast food. Aprendi que os produtos que se adquirem nos hipermercados são em grandes quantidades e que um Hot Coffee é indispensável a qualquer altura do dia.

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[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] Nova Iorque é uma cidade fria no Inverno e quente no verão. Nos meses mais frios as temperaturas descem muitas vezes a baixo de zero e a ocorrência de neve é frequente. No verão as temperaturas não vão além dos 30ºC. A época ideal para visitar a cidade é nos meses de março a maio, quando as temperaturas são mais amenas.
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