A partir do centro de Tavira é para o Rio Gilão que devemos olhar em primeiro lugar se quisermos chegar a uma praia. Ali, mesmo ao lado do Mercado da Ribeira, está o cais de embarque para onde devemos ir se quisermos a apanhar o barco em direção à ilha de Tavira, é lá que está uma das praias mais procuradas por aqui.
Mas há mais e com características diferentes. De barco, a pé ou de comboio também é possível chegar à Praia do Barril, o exemplo acabado do fim de uma das industrias mais importantes do país há várias décadas: a pesca do atum. Em Cacela Velha o encontro é com a história. A pitoresca aldeia à beira mar plantada é o ponto de partida para uma aventura que acaba no mar.
O Algarve é muito conhecido pelo sol e pelas praias. Estas são só três das incontornáveis em toda a região do sul de Portugal.
Praia do Barril
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Santa Luzia, Tavira
[wp-svg-icons icon=”location” wrap=”i”] Oceano Atlântico
[wp-svg-icons icon=”support” wrap=”i”] praia vigiada
[wp-svg-icons icon=”checkmark-circle” wrap=”i”] casas de banho públicas [wp-svg-icons icon=”checkmark-circle” wrap=”i”] duche [wp-svg-icons icon=”checkmark-circle” wrap=”i”] cafés e restaurantes [wp-svg-icons icon=”checkmark-circle” wrap=”i”] estacionamento
Em plena Ilha de Tavira, há três formas de chegar à praia do Barril. A pé, de barco ou, a melhor de todas, num pequeno comboio aberto ao vento que na época alta está sempre a andar para trás e para a frente para trazer e levar os banhistas. A pitoresca composição foi adaptada às novas necessidades depois de durante muitos anos ter servido para retirar da ilha os milhares de quilos de atum que por ali eram pescados.
Mas esta não é a única marca que fica de um tempo que já não existe. Talvez o cemitério de âncoras seja a mais evidente. Estas grandes estruturas metálicas foram sendo encostadas à medida que iam deixando de ser necessárias na pesca do atum. Estas estruturas de ferro eram transportadas em barcos para o alto mar, sendo que o peso obrigava a que algumas tivessem que ser carregadas por mais de 20 homens. Serviam uma técnica hábil que consistia na sua distribuição pelo fundo do mar, com as redes de pesca entrelaçadas e que ajudavam a enganar os atuns que acabavam presos sem alternativa de fuga.
A Praia do Barril é servida por vários restaurantes e lojas que hoje funcionam nas antigas casas dos pescadores, mais um sinal de um tempo que já passou. Há cerca de 60 anos abrigavam mais de 80 famílias, e não tinham grandes condições de habitabilidade, sem energia elétrica. Hoje permitem almoçar e jantar sem ser preciso voltar ao continente.
Praia de Cacela Velha
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Vila Real de Santo António
[wp-svg-icons icon=”location” wrap=”i”] Oceano Atlântico
[wp-svg-icons icon=”support” wrap=”i”] praia não-vigiada
Cacela Velha é uma das 15 melhores praias do mundo e uma das melhores da Europa para quem gosta de caminhar. São duas distinções antigas, mas que foram dadas por quem não tem qualquer ligação afetiva com o Algarve ou com Portugal, demonstrando independência na sua escolha e dando mais valor aos galardões. O primeiro foi atribuído pela edição espanhola da Condé Nast Traveler, o segundo pelo jornal britânico The Guardian.
Descendo a partir da aldeia de Cacela Velha, chegar à língua de areia separada pela água pode ser um grande desafio. O mar só está do lado de lá, mas antes precisamos de atravessar a Ria Formosa que nos vai deixando desconfortáveis. Enquanto a maré está baixa, é possível percorrê-la a pé com atenção aos bivalves e mariscos que vivem no fundo daquelas águas. Os bens pessoais têm que ir parar à cabeça como se fossemos autênticas lavadeiras e os pés têm que ir progredindo com cautela para evitar escorregar e deitar tudo a perder.
O acesso ao areal pode ser feito a partir de Cacela Velha ou do sítio da Fábrica, a povoação onde até à década de 1940 funcionou uma fábrica de cerâmica e a que ao tempo resiste apenas o nome. Os barcos dos pescadores estão em constante movimento, mas se por algum motivo não fôr possível localizá-los, não há nada como ligar para os números de telefone que estão disponíveis nos pontos de embarque. E sim, falamos de pontos e não de cais de embarque porque o estado natural desta praia não se compadece com a criação de cais flutuantes, a entrada no barco implica molhar os pés na água.
Praia da Ilha de Tavira
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Ilha de Tavira
[wp-svg-icons icon=”location” wrap=”i”] Oceano Atlântico
[wp-svg-icons icon=”support” wrap=”i”] praia vigiada
Se na Praia do Barril há um comboio que ajuda os turistas a fazerem de forma muito agradável um percurso de um quilómetro entre o continente e o areal, a opção para chegar à praia da ilha de Tavira é o barco. Com partidas frequentes (meia em meia hora na época alta) do centro de Tavira (junto ao Mercado Municipal) ou do Cais das Quatro Águas (a dois quilómetros do centro), as embarcações de grande capacidade ajudam a manter Tavira ligada à praia.
Às primeiras horas da manhã até pode ser relativamente difícil encontrar um lugar no barco. As filas de acesso ao cais são frequentes porque apesar de aparentemente distante e isolada, esta praia é muito usada por famílias completas que se lançam para um dia inteiro ao sol, carregadas com chapéus de sol, para-ventos, toalhas, brinquedos para as crianças e um livro ou outro para passar as horas de bronze.
A ilha é servida por um complexo com vários restaurantes onde é possível almoçar ou petiscar. As opção são muitas e diversificadas, indo desde os tradicionais pratos de peixe até soluções menos convencionais à base de carne como Francesinhas. Os preços não são muito divergentes dos praticados na cidade.
[wp-svg-icons icon=”bubbles-4″ wrap=”i”] português
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[wp-svg-icons icon=”power-cord” wrap=”i”] Europeias, 2 pinos
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[wp-svg-icons icon=”aid” wrap=”i”] 112
[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] A vila algarvia de Tavira tem bom tempo durante a maioria dos dias do ano, mas é entre maio e outubro que atinge o seu auge, sendo os meses do verão e primavera os melhores para visitar as suas praias.