Kathmandu, 30 de abril de 2017
“Finanças. Alimentos. Combustíveis. Escassez de água. Escassez de recursos. Caos climatérico. Bilhões de pessoas vivendo na pobreza. Migração em massa. Fundamentalismo. Terrorismo. Oligarquias financeiras. Entramos na Era da Desestabilização. Por outro lado, a possibilidade de uma profunda renovação pessoal, social e global nunca foi mais concreta. A hora é o agora ” – Otto Scharmer, in liderar a partir do futuro que emerge.
Estar PRESENTE. Ouvir o nosso corpo. Escutar a nossa mente e saber aproveitar cada momento, cada milésimo de segundo, trazendo um reconhecimento profundo da nossa essência, humanidade e do que queremos ser como sociedade, trabalhando como um todo e passando de um “EGOssistema” a um “ECOssistema”.
O dia na “selva” aproximou-se a este conceito. Despertar uma consciência sobre tudo o que nos rodeia de forma espontânea e apreciar a natureza selvagem na sua magnitude natural. Despertar um misto de sensações e apreciar os barulhos da selva (sejam eles, do crocodilo que está a 2 metros de ti, do elefante bebé que corre ao teu encontro para receber mimos ou do pássaro que reproduz qualquer som que oiça). Hoje começamos o dia com um passeio de barco incrível. Transpareceu tranquilidade, serenidade e (sobretudo) respeito pelos crocodilos que estavam a dois metros de nós, completamente à solta. O silêncio foi palavra de ordem nesta viagem (não nos dava muito jeito ser o almoço de alguém ou levar uma trinca só porque sim)…. o silêncio foi altamente relaxante… uma experiência incrível. Estar ali no meio da selva, no meio dos animais selvagens, sem qualquer tipo de proteção, em pura harmonia. Da parte da tarde, tivemos duas horas a andar no elefante. Foi mágico. Entramos na “selva-mesmo-à-séria” e vimos de tudo: desde macacos, galinhas selvagens, pássaros exóticos, térmitas, veados… para além de não falar na viagem em si: os elefantes são fascinantes. Foi incrível. Só faltou mesmo a presença do sr. Tigre e do sr. Rinoceronte, que estavam ausentes na tarde de hoje. Depois deste capítulo na selva, meditámos e assistimos a um espetáculo de dança típico, ao qual eu fui incapaz de não participar e, na coreografia final entrei na roda para dançar (uns poucos do nosso grupo) – foi hilariante! Cheguei cá dia 25 de abril e parece que estou cá à mais de um mês… perdi a noção do tempo e faço as coisas ao meu ritmo, ao nosso ritmo (e isto é extraordinário). Esta experiência está a ser extremamente enriquecedora a todos os níveis!
P.S: Obrigada a todos pela preocupação. Estou significativamente melhor (o meu estômago já aceita comida!!!)