A vila de Sintra é um dos epicentros do turismo em Portugal. Podemos dizer que às vezes se torna caótica, mas se milhões de pessoas a escolhem para conhecer melhor Portugal, algum motivo devem ter. E aqui que ninguém nos ouve, não vão ao engano. Sintra é mesmo uma daquelas relíquias que deve ser visitada e não apenas uma vez.
Os pormenores da Quinta da Regaleira são indecifráveis apenas com uma visita. No Palácio da Pena não é possível desfrutar das vistas arrebatadoras sobre a envolvente subindo-lhe ao topo apenas uma vez. Descobrir os brasões das nossas famílias e a proximidade que tinham à coroa, na sala dos brasões do Palácio da Vila, também não pede visitas rápidas. E descobrir para onde vai o jornalismo também não se consegue numa ida única ao Museu das Notícias.
Mas temos que começar por algum lado e esse lado é este roteiro que tem dicas para dois dias na vila de Sintra, cujo clima pode afastar muitos, mas também ajuda a dar-lhe um ar místico e enigmático. Não vai precisar de grandes boleias. Talvez apenas para ir até ao Museu do Ar e ao Palácio de Queluz que, ficando no concelho de Sintra, são difíceis de alcançar a caminhar. Mas para tudo o resto as sapatilhas vão ser as suas melhores amigas. Há caminhadas longa, sim. Mas está no meio da natureza e isso não tem preço.
[wp-svg-icons icon=”bubbles-4″ wrap=”i”] português
[wp-svg-icons icon=”users” wrap=”i”] 29 591 hab.
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] Euro (EUR)
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] GMT0
[wp-svg-icons icon=”power-cord” wrap=”i”] Europeias, 2 pinos
[wp-svg-icons icon=”phone” wrap=”i”] +351
[wp-svg-icons icon=”aid” wrap=”i”] 112
[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] Sintra é conhecida pelo clima instável provocado pelo ambiente criado entre a serra e o mar. A chuva é frequente e as temperaturas baixas também. Os meses mais quentes (maio a outubro) são os ideais para visitar a vila.
Dia 1
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Café Saudade
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 9:00 – 9:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Av. Dr. Miguel Bombarda 6
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h às 18h
Acabado de chegar a Sintra, é bom que esteja com a barriga a dar horas porque a primeira paragem deste roteiro é o Café Saudade.
Antes de escolher um lugar para se sentar, percorra as várias salas deste espaço que de certeza o vão remeter para um ambiente acolhedor. Tal é a familiaridade que não vai estranhar se se sentir a entrar na sua própria casa. O ar rústico com muitas louças portuguesas, pratos pendurados nas paredes e as andorinhas de várias cores fazem dele quase um museu, parecido aos armários dos nossos avós.
À mesa, prepare-se para o dia de descoberta que vai ter com a especialidade da casa: scones XL de frutos vermelhos a acompanhar com um chá que se quer frio no inverno ou gelado, no verão.
[wp-svg-icons icon=”leaf” wrap=”i”] Parque da Liberdade
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 9:30 – 10:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Volta do Duche 60
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] gratuito
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] segunda a sábado: 10h às 17h
Terminado o repasto, entre num dos verdadeiros cartões postais de Sintra, a Volta do Duche. Esta estada com curvas e contracurvas vai desembocar no Palácio Nacional de Sintra, mas antes de lá chegar há sítios onde vai ter que parar e o Parque da Liberdade é um deles.
Este é o parque público da vila e conta já com vários anos de história, tendo sido inaugurado em 1937. Não é apenas o lugar ideal para sentir a natureza e relaxar em família, é também o sítio onde pode descobrir uma grande biodiversidade enriquecida por mais de 60 espécies diferentes.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Fonte Mourisca
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 10:00 – 10:15
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Volta do Duche
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] gratuito
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] sempre aberto
De regresso à Volta do Duche e já com as grandes chaminés brancas do Palácio Nacional bem próximas, não deixe de olhar para os elementos que o rodeiam porque vai encontrar a Fonte Mourisca.
Com um inspiração árabe, os azulejos são o que mais salta à vista neste monumento criado em 1922. Fixe bem as suas cores e formas porque vai encontrar outros muito semelhantes no Palácio Nacional.
Realizada pelo escultor José da Fonseca, nasceu para substituir o antigo chafariz camarário e valorizar aquela que era tida como uma das águas mais apreciadas do país. A beleza que hoje ninguém lhe nega não foi suficiente para impedir que fosse desmontada para permitir o alargamento da estrada em 1960. Já só com a democracia pôde voltar ao lugar que lhe pertencia e onde ainda hoje permanece.
[wp-svg-icons icon=”library” wrap=”i”] Museu das Notícias
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 10:15- 12:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Visconde de Monserrate 26
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] crianças até 6 anos: grátis | estudantes: €4 | adultos: €8
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] abril a setembro: todos os dias – 9h30 às 19h | outubro a março: todos os dias – 9h30 às 18h
O caminho segue para o Museu das Notícias.
Sintra é a vila que ajuda a contar a história da monarquia portuguesa, mas nos últimos anos também ajudou a contar a história das notícias que, muito provavelmente, vivem o seu momento mais crítico de sempre.
Repleto de tecnologia, este museu ocupa o lugar do antigo Museu do Brinquedo. Um prédio setecentista com três andares que conta com o ilustre Eça de Queiroz como mordomo. Tal como no jornalismo atual, o Museu das Notícias tem um nível de interatividade elevadíssimo, a ideia é experimentar, tocar, sentir e por isso a visita começa com o visitante no papel de um jornalista.
Figuras ilustres, bem conhecidas do público português foram responsáveis pela curadoria deste espaço. José Rodrigues dos Santos, por exemplo, deu corpo à sala dedicada ao jornalismo de guerra. Uma trincheira equipada com vários ecrãs mostra a relação entre o jornalismo e a guerra, uma relação nem sempre pacífica. Os destaques vão para a guerra civil de Espanha, a II Guerra Mundial que viu na rádio o seu narrador ou a guerra em direto no Iraque.
Há ainda realidade virtual, interrompida por um telefonema do Eça; más notícias; um jogo sobre ética jornalística, e uma grande pirâmide de babel, construída por ecrãs sintonizados em canais dos quatro cantos do mundo. Aqui nunca nos perdemos da atualidade.
[wp-svg-icons icon=”leaf” wrap=”i”] Villa Sassetti
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 12:00 – 13:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Estrada da Pena 12
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] gratuito
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h às 17h
Já um pouco cansado, mas garantidamente bem melhor informado, a visita segue na direção da Vila Sassetti, que que foi propriedade de Victor Carlos Sassetti, um famoso empresário do ramo hoteleiro que construiu neste local uma casa de recreio, inspirada nos castelos da Lombardia
No período de obras teve a ajuda do amigo arquitecto e cenógrafo Luigi Manini, responsável também pela construção da Quinta da Regaleira, que vamos visitar mais para o final deste primeiro dia de roteiro por Sintra.
É bom que ainda não tenha digerido todo scone que comeu no Café Saudade porque a vila é composta por um jardim com 1,2 hectares, que começa na vila e dá acesso aos jardins do Palácio da Pena e ao Castelo dos Mouros. Não é para estes lugares que vamos já, mas se se sentir confiante não deixe de fazer a caminhada porque só assim vai perceber como este parque combina perfeitamente a arquitetura dos edifícios com a arquitetura do próprio parque.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Almoço no Dona Maria
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 13:00 – 14:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Largo Ferreira de Castro, 3
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €15
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] terça a domingo: 10h às 22h
Já falámos muito do Palácio Nacional de Sintra e até já passámos mesmo ao lado sem parar. É para lá que vamos seguir na tarde deste primeiro dia, mas antes é importante recarregar baterias.
Para o almoço, um lugar com uma vista privilegiada sobre o monumento para onde nos dirigimos, e que junta a isso uma carta repleta de delícias.
O Restaurante Dona Maria em tempos foi o Hotel Victor e preserva os frescos originais do século XIX, pintados por Luigi Manini. Se conseguir fechar a boca peça um Bacalhau à Dona Maria.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Palácio Nacional de Sintra
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 14:00 – 16:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Largo Rainha Dona Amélia
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] crianças até seis anos: grátis | adultos: €10 | idosos e jovens: €8,5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h30 às 19h
Os frescos no teto do Dona Maria não o fizeram perder de vista o Palácio Nacional, pois não? É agora. Siga em direção ao Largo Rainha Dona Amélia para encontrar um verdadeiro ancião que se cruzou com vários momentos importantes da história do nosso país. Há registos que dizem que o edifício das grandes chaminés brancas até é mais antigo do que o reino de Portugal, fazendo parte da herança que D. Afonso Henriques guardou do tempo dos mouros.
Mas foi D. Dinis, o sexto Rei de Portugal quem mais o acarinhou e lhe deu a forma que hoje conhecemos. Também D. Manuel II olhou para o centro da vila de Sintra e viu a necessidade de ampliação.
Aqui decidiam-se os caminhos traçados por um dos reinos mais poderosos do mundo. Houve espaço para coroações e foi também aqui que o rei D. Manuel I recebeu a notícia de que os navegadores portugueses tinham descoberto o Brasil.
Uma das salas mais imponentes é a sala dos brasões é mais um dos elementos de centralização e poder e que põe todos os visitantes a olhar para o teto. A ideia foi de D. Manuel I e o objetivo era organizar as armas da nobreza portuguesa. Cada família nobre tinha um brasão e ocupava uma posição no teto desta sala, consoante a sua maior ou menor proximidade à coroa. Ao centro está o rei que é circundado pelas 72 famílias mais influentes do reino.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Casa Piriquita
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 16:00 – 16:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Rua das Padarias 1/18
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €1,5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h30 às 19h30
A visita ao palácio foi longa e quando damos por nós já é hora de lanchar. E ainda bem, porque a meia dúzia de metros daqui está a Casa Piriquita.
Fundada em 1862, o seu nome está associado à alcunha que o próprio rei D. Carlos I deu a Constância Gomes, a esposa do então proprietário que era uma mulher particularmente baixa. Foi também o Rei que encorajou o casal a começar a produzir as famosas Queijadas e o sucesso foi tão grande que aquela que era uma simples padaria, passou a pastelaria.
Na década de 40, a Piriquita recebe um novo atrativo: o Travesseiro. Deste doce que também se tornou um icon da vila de Sintra, sabemos apenas que é um pastel recheado com doce de ovos e tem um toque amendoado, o resto é um segredo guardado na família até aos dias de hoje.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Quinta da Regaleira
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 16:30 – 17:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Rua Barbosa du Bocage 5
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €10 | idosos e jovens: €5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 10h às 17h30
Agora que já saboreou os famosos Travesseiros e as famosas Queijadas não se pode queixar de falta de nutrientes, por isso está na hora de começar uma caminhada de 20 minutos até à Quinta da Regaleira.
Mais uma vez com a mão do arquiteto e cenógrafo Luigi Manini, este espaço é rico em elementos enigmáticos, cheios de histórias secretas e com estilos que vão do neo-manuelino ao renascentista.
O seu ideólogo, António Augusto Carvalho, era um dos homens mais ricos do seu tempo e aqui mandou construir uma quinta com jardins de perder de vista e um edifício com vários patamares que se exploram subindo degraus, degraus e mais degraus.
Mas é numa descida que vai perder mais tempo, a descida do poço iniciático, onde se acredita que tivessem lugar os rituais de iniciação da Maçonaria. São mais de 30 metros na vertical, construídos em forma de torre invertida e com uma rosa dos ventos em mármore no final.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Parque e Palácio de Monserrate
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 17:30 – 18:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Monserrate
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €8 | idosos e jovens: €6,5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] Parque: todos os dias das 9h às 19h | Palácio: todos os dias 9h30 às 18h30
Estamos quase a terminar o primeiro dia e ainda há tanto para ver em Sintra, por isso o melhor é darmos corda aos sapatos e seguirmos em direção ao Parque e Palácio de Monserrate.
Construído em 1540 no meio da serra teve várias vidas, vários donos e foi durante algum tempo deixado ao abandono até que Francis Cook, um comerciante inglês e colecionador de arte decidiu dar-lhe a vida que ainda hoje lhe conhecemos.
As influências são diversas e só num olhar repentino conseguimos identificar as que vêm da Índia, as góticas e as mouriscas. A sua arquitetura com motivos exóticos e vegetalistas fazem dele uma extensão dos jardins que são um dos mais notáveis exemplos de jardins românticos que há em Portugal.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Jantar no Incomum
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 20:00 – 22:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Rua Dr. Alfredo da Costa, 22
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €15
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 12h às 0h
Para terminar o dia intenso, a sugestão para jantar é o Restaurante Incomum, com uma cozinha pensada pelo chef Luís Santos, que usufrui de um espaço acolhedor e contemporâneo.
Se ao almoço comeu bacalhau, olhe agora para o menu das carnes e especialmente para o bife de carne maturada com batata-doce e legumes. É perfeito para acompanhar com um bom vinho tinto que lhe vai abrir as portas a uma noite muito tranquila.
Dia 2
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Castelo dos Mouros
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 9:00 – 10:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Castelo dos Mouros
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €8 | idosos e jovens: €6,5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h às 18h30
O segundo dia começa no Castelo dos Mouros, um edifício tão brutal quanto os castelos conseguem ser, mas com umas muralhas que serpenteiam as colinas desta região irregular e lhe dão um ar quase natural. É como se não tivesse ali sido construído, antes fosse aquele o lugar onde nasceu sem interferência do homem.
A idade do Castelo dos Mouros permite-lhe contar várias histórias de várias encarnações, incluindo a de ser ele próprio um inimigo de Portugal. Construído pelos Mouros, ainda antes de D. Afonso Henriques sonhar com a liderança de um reino, foi entregue ao primeiro Rei de Portugal de forma voluntária. É certo que as tropas portuguesas já tinham conseguido o domínio de Lisboa e Santarém, pelo que o inimigo pouco mais tinha a fazer do que render-se, mas também é certo que esta forma de passar a dominar o que se passava dentro daquelas muralhas lhe deu o raro selo de intransponibilidade.
Fruto dos vários séculos que já viveu, já foi fustigado por vários momentos trágicos da história, como é o caso do terramoto de Lisboa de 1755 que o deixou parcialmente destruído e ao abandono. Hoje é um dos monumentos mais visitados de Sintra, onde está incluído um núcleo museológico que tem como objetivo interpretar alguns dos artefactos ali encontrados ao longo dos tempos. Muitos deles, peças fundamentais da vivência de pessoas que ali viveram, quer no tempo do domínio mouro, quer já no tempo cristão.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Palácio Nacional da Pena
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 10:30 – 12:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Estrada da Pena
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €10 | jovens e idosos: €8,5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h às 18h
Já estamos há tanto tempo em Sintra e será que é possível ainda não termos falado nele? Até é possível que não tenhamos falado, mas a coroa de Sintra esteve sempre presente porque se mantém no topo da segunda colina mais alta e as suas cores são muito pouco discretas.
Estamos a caminho do Palácio da Pena, um dos mais bonitos de Portugal que é fruto de um grande amor. O amor do Rei D. Fernando II por Portugal.
Olhando para a Serra de Sintra como uma folha em branco, o rei consorte pensou em levantar da poeira uma residência de verão para a casa real, mas rapidamente mudou de ideias e percebeu que ali só poderia existir um palácio construído com traços de genialidade e que remetesse para o imaginário medieval. As ideias foram-se transformando nas formas que hoje conhecemos com grande ajuda de referências arquitetónicas do manuelino e do mourisco e com o dinheiro da sua fortuna pessoal.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Chalet da Condessa d’Edla
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 12:30 – 13:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Estrada da Pena
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] incluído no preço do bilhete do Parque e do Palácio da Pena
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] Parque: todos os dias das 9h às 19h | Chalet: todos os dias 9h às 18h
Se o Palácio da Pena já nos tinha enchido os olhos com tanta beleza, apesar da sua pequena dimensão, o Chalet da Condessa não vai desiludir.
Depois da morte da Rainha D. Maria II, em 1853, D. Fernando II volta a casar com Elise Hensler, cantora de ópera e que recebeu o título de Condessa d´Edla. É uma história de amor que culminou num casamento atribulado por não gerar consenso na corte.
Foi aqui que o casal encontrou o seu refúgio, construindo assim o seu próprio chalet com dois pisos e com uma forte inspiração alpina, desenhado e projetado pela própria condessa.
Em 1999 um incêndio destruiu todo o edifício, que depois de quatro anos de obras de recuperação pela Parques de Sintra (a empresa que gere os monumentos de Sintra), foi reaberto ao público sem que se notasse qualquer dano causado pelas chamas. O trabalho irrepreensível valeu-lhe o prémio Europa Nostra na categoria de Conservação atribuído pela União Europeia.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Almoço no Cantinho de São Pedro
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 13:30 – 14:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Praça Dom Fernando II, 18
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €10
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 12h às 22h
A manhã voltou a ser exigente e por isso a hora de almoço deve ser respeitada com toda a tranquilidade. Para a mesa deve vir um dos muitos pratos tipicamente portugueses que são servidos no Cantinho de São Pedro, um dos restaurantes mais antigos ainda em funcionamento na vila.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Convento dos Capuchos
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 14:30 – 15:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Colares
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €7 | idosos e jovens: €5,5
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h às 18h
Se ao longo da visita por Sintra temos visto monumentos com muitos luxos, no Convento dos Capuchos, vamos encontrar o oposto, refletindo a filosofia sob a qual foi construído e que é a da ordem de S. Francisco de Assis.
Também conhecido como o Convento da Cortiça, por estar todo revestido com este material produzido em Portugal, a sua construção foi promovida, em 1560, por Álvaro de Castro, conselheiro de estado do rei D. Sebastião, em resultado de um voto que fez ao seu pai, D. João de Castro, que sonhou construir naquele local um templo despojado, dedicado às práticas da contemplação e da introspecção.
Durante cerca de 250 anos, o convento foi lugar de culto e de peregrinação, habitado por frades franciscanos. Um dos frades mais notáveis da histórias deste convento, foi o Frei Honório, que segundo a lenda, passou as últimas décadas da sua vida isolado, a pão e água, numa pequena gruta na mata do convento, após ter caído em tentação.
Quando as Ordens Religiosas foram extintas em Portugal, em 1834, o convento foi deixado ao abandono e comprado mais tarde pelo Estado português que permite que ele seja visitado.
[wp-svg-icons icon=”airplane” wrap=”i”] Museu do Ar
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 15:30 – 16:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Pêro Pinheiro
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €3 | idosos: €1,50 | jovens: €1
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] terça a domingo: 10h às 17h
Seguimos agora a toda a velocidade e com os pés longe do chão para o Museu do Ar que aterrou em Sintra em 2009 depois de ter estado quase 40 anos em Alverca.
Num espaço de mais de dois mil metros quadrados, junto a uma base da Força Aérea, estão mais de 40 aviões e helicópteros, simuladores, motores, hélices e outros equipamentos aeronáuticos em exposição.
Este não é um espaço apenas para os amantes da aviação, é para todos os que se interessam pela história da aviação em Portugal, que conta com mais de 100 anos de aventuras.
Aqui é possível entrar em muitos dos aviões que já não se encontram em operação, ver de perto objetos antigos que fizeram parte da atividade da TAP, analisar a maquete original do aeroporto de Lisboa e perceber como evoluíram muitos instrumentos de navegação.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Palácio de Queluz
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 17:00 – 18:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Largo Palácio de Queluz
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] crianças até seis anos: grátis | jovens e idosos: €8,5 | adultos: €10
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9h às 19h
Terminamos a caminho de Lisboa com o Palácio Nacional de Queluz. Não está na vila de Sintra, mas ainda faz parte do concelho o que lhe dá o pretexto ideal para entrar nesta lista de lugares maravilhosos.
O Palácio de Queluz foi a residência da descontração e do lazer. Era um espaço para desfrutar, bem receber e bem surpreender. Aqui acorriam as mais nobres famílias do reino e de outros reinos também para participarem em grandes celebrações religiosas e festejos diversos como serenatas, cavalhadas, espetáculos de fogo-preso e apresentações equestres.
No interior do Palácio a decoração é requintada, com muitos detalhes nas pinturas e esculturas, muita talha dourada, paredes espelhadas e candeeiros de grande dimensão. É um espaço de claro bom gosto.
Como viajar até Sintra?
[wp-svg-icons icon=”flip-2″ wrap=”i”] CP, Comboios de Portugal
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Cp.pt
A vila de Sintra é servida por uma rede de comboios suburbanos da área metropolitana de Lisboa com ligações às estações do Rossio e do Oriente (a partir daqui com ligação à rede nacional através de comboios de longo curso)
Onde dormir em Sintra?
[wp-svg-icons icon=”home” wrap=”i”] Tivoli Palacio de Seteais[wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”] [wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”] [wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”] [wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”] [wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”]
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Rua Barbosa do Bocage, 8
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €100/pessoa (noite)
[wp-svg-icons icon=”stats” wrap=”i”] 9,2 (Soberbo no Booking.com)
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Booking.com
[wp-svg-icons icon=”home” wrap=”i”] Águamel Sintra, Boutique Guest House
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Escadinhas da Fonte da Pipa, 3
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €47,5/pessoa (noite)
[wp-svg-icons icon=”stats” wrap=”i”] 9,3 (Soberbo no Booking.com)
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Booking.com
[wp-svg-icons icon=”home” wrap=”i”] Chalet Saudade
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Rua Dr. Alfredo Da Costa, 23
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €67,5/pessoa (noite)
[wp-svg-icons icon=”stats” wrap=”i”] 9,5 (Excecional no Booking.com)
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Booking.com
Se viajar para Sintra durante dois dias gasta cerca de €200 por pessoa.