Há quem lhe chame a cidade dos namorados, mas o ar sombrio e misterioso da neblina, das luzes fracas durante a noite e das máscaras do Carnaval fazem-na ser o lugar ideal para os amantes se refugiarem.
Seja como fôr, atrativos não faltam a este verdadeiro museu a céu aberto. Nem precisa de entrar nos monumentos, nem precisa de um roteiro, só precisa de caminhar pelas ruas estreitas e deixar-se perder até encontrar um novo e deslumbrante lugar onde repousar.
Mas como o tempo é curto, o W360.PT preparou um roteiro para dois dias na cidade italiana dos canais. Comece na Piazza de San Marco e vá seguindo os pontos, sem um caminho definido. Transportes públicos quase nunca vão ser uma opção, por isso leve calçado confortável para calcorrear as ruas estreitas e atravessar centenas de pontes. Recorra ao Vaporetto apenas para conhecer Murano e Burano.
[wp-svg-icons icon=”bubbles-4″ wrap=”i”] Italiano
[wp-svg-icons icon=”users” wrap=”i”] 270 098hab.
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] Euro (EUR)
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[wp-svg-icons icon=”power-cord” wrap=”i”] Europeias, 2 pinos
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[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] Julho e agosto são os meses mais quentes em Veneza. No resto do ano as temperaturas nunca são demasiado baixas, ainda assim a chuva é frequente.
Dia 1
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Riva degli Schiavoni
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 9:00 – 9:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Riva degli Schiavoni
A descoberta de Veneza começa por um dos monumentos mais emblemáticos da cidade, o Palácio Ducal. Mas antes de lá chegar caminhe pelas ruas estreitas, ladeadas pelos canais e siga em direção à Riva degli Shiavoni. Este é um passeio junto à água onde vai encontrar muito comércio e vários cafés onde pode tomar o primeiro café do dia. Café italiano, claro.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Ponte dos Suspiros
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 9:30 – 10:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Ponte dos Suspiros
Ainda a caminho do Palácio Ducal é provavel que encontre em cima de uma ponte vários turistas a fotografar outra ponte, é a famosa Ponte dos Suspiros.
Construída entre 1600 e 1602, servia para ligar o Palácio Ducal à Prigioni Nove, garantindo a distância suficiente para que os barulhos daquela prisão não afetassem a corte nos majestosos salões reais.
Antes de serem encarcerados, todos os prisioneiros tinham que passar pela ponte, sendo o último momento em que viam a luz da rua, suspirando de infelicidade. Daí o nome Ponte dos Suspiros.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Palácio Ducal
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 10:00 – 11:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Piazza San Marco
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €25 | idosos e jovens: €13
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 8:30 às 17:30
A menos de cinco minutos de distância da ponte, chegamos ao destino, o Palácio Ducal. É um dos principais monumentos da cidade e até chegar aos dias de hoje, passou por várias fases. Foi um castelo, uma fortaleza e até uma prisão.
O castelo fortificado sofreu vários incêndios que o destruíram quase totalmente, acabando por ser reerguido como um dos maiores exemplos da arquitetura gótica veneziana.
Antes das invasões de Napoleão, Veneza era uma República e o Palácio Ducal era a sede do governo. Na parte superior eram os escritórios dos oficiais chanceleres, no fundo quem toma as decisões mais importantes e secretas relacionadas com o governo e quem também tinha os melhores salários da época. Também era aqui que se copiam manuscritos importantes, um trabalho feito por analfabetos que ficavam apenas alguns meses em funções para que não se corresse o risco de aprenderem a ler.
No subsolo podemos visitar as prisões, um espaço mais terrível para onde eram mandados os cidadãos que não respeitassem as regras do sistema imposto. Um lugar sombrio e muito húmido que fazia os prisioneiros passarem muito frio no inverno e um calor insuportável no verão. Com a subida das águas, a chamada acqua alta, muitas celas ficam repletas de ratos.
Foi nestes calabouços que esteve preso um dos homens mais famosos da cidade, precisamente porque conseguiu furar o sistema de alta segurança e escapar de uma das celas. Giocomo Casanova tinha sido condenado por não acreditar em Deus, ser maçom, praticante de alquimia e comportamento social desadequado.
Para fugir, Casanova começa a cavar um buraco, mas rapidamente é surpreendido pelos guardas que o mudam de cela. No novo calabouço, já com companhia de outro prisioneiro, volta a pôr em prática o plano, mas desta vez a saída faz-se pelo teto, em direção ao telhado do Palácio Ducal. Já em cima das telhas, ambos desesperam porque não encontram nenhuma escada que os leve ao solo sem se magoarem.
Acabam por adormecer sendo despertados, horas mais tarde, pelos sinos da Basílica de São Marco. Conseguem finalmente descer para uma das salas do palácio e a saída para o exterior é auxiliadas por um dos funcionários que confunde os dois prisioneiros com magistrados que teriam ficado a trabalhar até tarde. Casanova foge para a Alemanha, de onde só regressa dezoito anos depois.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Basílica de San Marco
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 11:30 – 12:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Piazza San Marco
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] gratuito
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] segunda a sábado: 09:30 às 17:00 | domingos: 14:00 às 16:00
Vá, então, seguir caminho na direção do som dos sinos que ajudaram Casanova a fugir da prisão do Palácio Ducal. Mas antes de entrar na fila de acesso à Basílica de São Marco, vá deixar as mochilas e carteiras na Rua San Basso (não vai poder entrar com elas na Basílica), não se preocupe porque há várias setas a indicar o trajecto. Quando chegar vai receber um cartão com um número, tendo uma uma hora para levantar os seus pertences.
Regresse ao templo religioso mais importante da cidade, pensado no ano 828 como um espaço de prolongamento do Palácio Ducal e que tinha como objetivo abrigar o corpo de São Marco, trazido de Alexandria.
Ao longo dos tempos foi sofrendo alterações e a forma que conhecemos hoje, de planta de cruz latina e cinco cúpulas, só se tornou catedral da cidade em 1807.
No interior dominam os dourados e os mosaicos e o piso irregular, um dos sinais do tempos. Mas são os quatro Cavalos de Constantino o maior tesouro, tendo eles próprios uma história atribulada.
Chegados a Veneza depois de terem sido saqueados a Constantinopla, os cavalos voltaram a ser roubados por Napoleão que os colocou no topo do Arco do Triunfo. Consumada a queda do Imperador francês, os Cavalos de Constantino foram devolvidos a Veneza, onde ainda hoje permanecem. Os que estão ainda no topo do monumento francês são réplicas.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Almoço no Restaurante Marciana
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 12:30 – 13:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Calle Larga S. Marco, 367
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €19
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 11:00 às 23:00
O cheiro a comida começa aparecer e a fome também, é tempo de fazer uma pausa para almoçar. A poucos metros de distância da Praça de San Marco fica o restaurante Marciana, um espaço calmo, com boa comida, com um atendimento muito simpático e preços aceitáveis.
A Pizza Pollo ou o Esparguete Pomodoro são ótimos para repor as energias enquanto se explora a gastronomia italiana. Em todos os restaurantes de Itália é cobrada uma taxa de serviço que pode ir até 12% do valor total, não estranhe.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Torre do Relógio de San Marco
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 13:30 – 14:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Piazza San Marco
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €12 | jovens e idosos: €7 [wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] segunda a sexta: 8:00 às 21:00 | sábado e domingo: 10:30 às 22:00
Depois do almoço é hora de voltar à Praça de San Marco. Por entre tantos pontos a chamarem a sua atenção é quase certo que não prestou a devida atenção a uma das maiores maravilhas deste lugar.
A Torre do Relógio de San Marco consegue reunir o melhor da engenharia, da fé e até da superstição. Desde logo o relógio astronómico repleto de detalhes diz aos visitantes o dia mês do ano em que se encontram, as horas e até a fase da lua. Tempos houve em que também era capaz de apontar a posição dos planetas conhecidos: Saturno, Júpiter, Marte, Vénus e Mercúrio.
Uma visita ao interior da torre pode mostrar o intrincado sistema mecânico que o faz funcionar. Já não é o original, mas há muitos resquícios que chegaram aos dias de hoje e servem para perceber como apesar de ter evoluído, a tecnologia já era muito sofisticada na época em que foi construído.
Ainda neste edifício estão as estátuas de bronze, as que tocam o sino e a da Virgem Maria, em grande destaque. Até há uns anos era possível ver as estátuas dos Reis Magos que saíam da porta do lado esquerdo, passavam em frente à Virgem como se de uma procissão se tratasse e desapareciam pela porta do lado direito. Este espetáculo já só pode ser visto duas vezes por ano, no dia de Reis e na quinta-feira santa.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Piazza San Marco
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 14:30 – 15:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Piazza San Marco
Desde que começou a descobrir o melhor que Veneza tem para dar que passou várias vezes pela Praça de San Marco. É provável que já tenha gasto algum tempo a olhar para alguns detalhes e a tirar algumas fotografias. Mas agora é hora de parar e observar com mais atenção.
É o epicentro da cidade e nas ruas estreitas e confusas de Veneza vai sempre encontrar uma seta para aqui chegar. Será a sua salvação quando se perder.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Campanário da Basílica de San Marco
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 15:00 – 15:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Piazza San Marco
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €12 | jovens e idosos: €7 [wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] segunda a sexta: 8:00 às 21:00 | sábado e domingo: 10:30 às 22:00
Antes de sair da Praça de San Marco, não deixe para trás um dos monumentos mais altos de Veneza, o Campanário da Basílica de San Marco. Com 99 metros de altura, é o lugar perfeito para se proteger da Acqua Alta e ter uma vista deslumbrante sobre a cidade.
Originalmente servia de farol para o transporte marítimo e no topo tem cinco sinos, mas apenas os dois maiores são os originais. Os outros foram substituídos quando a torre desabou, em 1902. A reconstrução foi de tal forma minuciosa que a torre que hoje se ergue é praticamente igual à original.
O Campanário da Basílica de San Marco teve também um papel importante na descoberta dos elementos que compõem a via láctea, uma vez que foi usado por Galileu como um observatório.
Tal como Galileu também os turistas podem subir à torre para uma vista panorâmica de toda a cidade, inclusivamente para o telhado do Palácio Ducal, por onde andou o famoso prisioneiro Giocomo Casanova.
[wp-svg-icons icon=”library” wrap=”i”] Museu Correr
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 15:30 – 16:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Piazza San Marco
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] €8
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] abril a outubro – todos os dias: 8:30 às 21:00 | novembro a março – todos os dias: 9:00 às 17:00
Está na hora de começar a sair da Praça de San Marco, o último local de visita fica no extremo oposto ao da Basílica de San Marco. É o mais importante museu da cidade, é por aqui que vai encontrar centenas de obras de arte que remontam aos anos da fundação de Veneza.
O edifício onde está o Museu Correr, na Ala Napoleónica da praça, foi construído onde antes havia uma igreja, mas não nasceu para ser um lugar de exibição de obras de arte foi antes para ser um palácio, a residência oficial da corte italiana em Veneza.
Com luxos de uma nova época, este é um edifício que contrasta claramente com o Palácio Ducal, e esse foi um dos objetivos claros na época da sua construção, mostrando-se ao lado do que tinham sido tempos antigos.
De esculturas a pinturas, passando por muitos objetos relacionados com a navegação marítima, neste local é possível perceber como evoluiu esta cidade estado até ser integrada com Itália no século XIX.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Squero di San Trovaso
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 16:30 – 17:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Fondamenta Bonlini, 1097
Terminada a viagem no tempo, é hora de espreitar um dos lugares cujo trabalho mais se reflete no dia-a-dia da cidade.
Caminhe em direção ao Squero di San Trovaso e tenha a oportunidade de ver como trabalham os artesãos que cuidam das quase 400 gôndolas que levam os turistas a passear.
Cada barco destes é feito com nove tipos diferentes de madeira, as peças são esculpidas à mão – incluindo a forcola, o famoso remo que dá velocidade e direção ao barco – e cada uma delas pode chegar a custar mais de 20 mil euros.
Para além do trabalho necessário para a construção, são ainda necessárias várias reparações ao longo dos tempos, todas elas feitas em alguns destes squeros.
São poucos os que podem ser observados pelos turistas, como acontece neste, onde para além de poder ver o trabalho dos artesãos do lado oposto do canal, com alguma sorte, pode ainda aproximar-se e tentar espreitar pela porta de entrada (do lado oposto) que está muitas vezes aberta.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Zattere
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 17:00 – 17:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Zattere
Entre ruas estreitas e pontes que cruzam os canais vai sempre encontrar lugares de contemplação. Veneza é uma cidade de detalhes, mas agora o caminho vai levá-lo a um lugar de onde vai conseguir ter uma vista panorâmica sobre alguns dos mais monumentais edifícios da zona sul.
Zattere começou por ser um importante cais de desembarque de madeira usada na construção de navios, sendo agora o sítio ideal para deixar que o olhar se perca no horizonte antes de voltar a perder-se nas ruas cruzadas de Veneza.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Museu Peggy Guggenheim
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 17:30 – 18:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Palazzo Venier dei Leoni, Dorsoduro 701
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €15 | jovens: €9 | idosos: €13
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 10:00 às 18:00
Depois de 20 minutos a caminhar vai chegar ao próximo ponto de paragem, facilmente identificável pelo portão imponente com detalhes de vidro de Murano. Bem-vindo ao Museu Peggy Guggenheim.
É o principal museu de arte contemporânea da cidade, tendo sido a casa da mulher que lhe emprestou o nome: Peggy Guggenheim, uma colecionadora de arte que já tinha aberto um museu em Londres e uma galeria em Nova Iorque.
Em 1947, chega a Veneza para a primeira edição da Bienal e no ano seguinte compra o Palazzo Venier dei Leoni, para onde acaba por se mudar com algumas das suas obras de arte. Em 1951, inaugura este museu com alguns dos maiores artistas do século XX.
Peggy Guggenheim era uma excêntrica de personalidade forte que acabou por morrer aos 81 anos e as suas cinzas foram enterradas no jardim, junto às cinzas dos cães que lhe fizeram companhia ao longo de vários anos.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Basilica di Santa Maria della Salute
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 18:30 – 19:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Dorsoduro, 1
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] gratuito
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 9:30 às 12:00 e das 15:00 às 17:30
Foi no ano 1631 que foi lançada a primeira pedra para a construção da Basílica di Santa Maria della Salute, em homenagem ao fim da peste negra, que matou milhares de pessoas da região de Veneto.
A construção demorou 56 anos e nenhum pormenor foi esquecido, sendo que a sua arquitetura se destaca pela planta octogonal com pequenas capelas em cada um dos seus oito lados. A decoração é muito simples, mas há ex libris que não pode deixar de admirar como as pinturas de Tiziano e a pintura “Bodas de Canas” de Tintoretto.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Jantar na Osteria Alle Testiere
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 19:30 – 21:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Calle del Mondo Novo, Castello 5801
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €35/pessoa
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] terça a sábado: 12:30 às 22:30
Na hora de jantar visite a Osteria Alle Testiere, um dos restaurantes recomendados pela Ristoranti della Buona Accoglienza que é uma associação que juntou os restaurantes com a melhor hospitalidade, que respeitam a tradição, a originalidade e a qualidade dos produtos.
O Alle Testiere é um pequeno restaurante propriedade de um grupo de jovens que oferece pratos de peixe. O segredo da qualidade está na escolha dos produtos, uma vez que só são servidos alimentos sazonais. Não se esqueça de reservar antecipadamente.
Dia 2
[wp-svg-icons icon=”books” wrap=”i”] Libreria Acqua Alta
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 09:30 – 10:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Calle Lunga Santa Maria Formosa, 5176b
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 09:00 às 20:00
O segundo dia em Veneza começa da melhor forma para os apaixonados por livros. Já aqui falámos do fenómeno acqua alta, o mesmo que dá nome a esta livraria que, como muitos outros espaços da cidade, tem que conviver com as cheias com frequência.
O cheiro a humidade é intenso e são muitos os livros que já tiveram que enfrentar a água e já não podem ser lidos, mas ainda lá estão e formam um dos elementos mais curiosos da decoração deste espaço. Todos os outros são, no mínimo, caricatos. Há banheiras, barris de madeira, prateleiras improvisadas e até uma gôndola a suportar milhares de livros sobre a cidade, mas também com obras de autores mundialmente conhecidos e várias raridades.
Luigi Frizzo foi o principal responsável pela concepção da Acqua Alta e quando as cheias chegam, não larga as galochas porque é dele a tarefa de colocar os livros em alturas superiores. O gato Capuchinho também é presença habitual, fazendo companhia aos visitantes. Em vários espaços há cartazes com a mensagem “atenção ao gato” e também há postais onde ele é protagonista.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Ponte di Rialto
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 10:00 – 10:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Ponte di Rialto
Desde que começou esta viagem, tem noção de quantas pontes já atravessou? É certo que já deve ter perdido a conta, mas vamos a mais uma. Não é uma qualquer, é a Ponte di Rialto.
Até 1854 foi a única maneira de cruzar o Grande Canal a pé. O Canalazzo, como é conhecido entre os venezianos, é o maior dos 177 canais que correm na cidade, com uma distância de quatro quilómetros de comprimento, 30 a 70 de largura e uma profundidade média de 4,5 m.
Antes da Ponte di Rialto já havia grande necessidade de se encontrar uma forma para cruzar o Grande Canal, mas todas as antecessoras desta acabaram por ruir mesmo antes do final da sua construção.
Atualmente este é um dos ícones de Veneza, sendo que ao longo do tabuleiro há várias lojas onde é possível comprar recordações da cidade. É também daqui que se conseguem algumas das mais belas fotos do tráfego intenso das águas venezianas.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Igreja San Giocomo di Rialto
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 10:30 – 11:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Campo San Giacomo, 1
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] gratuito
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] segunda a sábado: 9:00 às 19:00 | domingo: 11:00 às 19:00
Ainda no carismático bairro de Rialto, vamos partir à descoberta de mais um igreja que vai facilmente identificar pelo relógio da fachada. Mas não acerte as horas porque se há coisa em que este relógio não é bom e na pontualidade. Não se sabe bem porquê, mas a imprecisão até já se tornou tema de piada, pelo que já não é um defeito, é feitio.
Também imprecisa é a data de nascimento da Igreja San Giocomo di Rialto, há quem jure que é a mais antiga da cidade, mas não há grandes provas disso. Aquilo que se sabe é que foi muito importante na manutenção do Mercado di Rialto que começou a juntar banqueiros e cambistas na adro à sua frente.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Mercato di Rialto
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 11:00 – 12:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Campiello de la Pescaria, 30122
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] segunda a sábado: 7:30 às 12:00
Caminhe só mais um pouco até chegar ao Mercado di Rialto. É bom que chegue no período da manha para o encontrar em pleno funcionamento.
Foi um dos pontos de comércio mais importantes da cidade tendo, inclusivamente sido um dos seus negociadores o mercador Marco Polo. Era aqui que chegavam o arroz do oriente e as especiarias muito apreciadas pelos europeus em geral e pelos venezianos muito em particular.
Agora o peixe domina o espaço, sendo os mais assíduos o peixe-lobo, as douradas, cestos com lagostins e até polvos. Do passado vem a forma de comunicação entre os vendedores que ainda usam o veneziano como língua franca e não o italiano. É digno de se ver, ouvir, cheirar e saborear.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Almoço na Osteria Número 1
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 12:00 – 13:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Campiello San Zulian, S. Marco, 598
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €18/pessoa
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 12:30 às 1:00
A aventura gastronómica italiana continua à mesa do restaurante Osteria Número 1. Ainda se lembra do que escolheu para o almoço do primeiro dia? Se tiver optado pela pizza, escolha agora uma pasta. Mas não se esqueça que também as famosas lasanhas e o bacalhau à veneziana, um prato muitas vezes esquecido, mas que vale muito a pena.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Bairro Cannaregio
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 13:00 – 15:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Cannaregio
Marco Polo, Tiziano ou Tintoretto são três dos nomes mais conhecidos que viveram neste que é o maior bairro de Veneza. Mas não foram os únicos, outras personalidades famosas também escolheram esta zona para morar.
No Cannaregio não deixe de visitar o gueto judeu, o lugar selecionado pelas autoridades de Veneza para onde os judeus deviam voltar ao anoitecer, evitando assim o contacto com os locais. Apesar de aberta a outras culturas, muito por conta do comércio, a cidade acabou por ostracizar quem era diferente.
Atualmente há muita vida por aqui. As crianças a brincar na rua são uma constante, assim como os restaurantes e bares onde é possível passar um bom bocado.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Ilha de Murano
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 15:00 – 16:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Murano
Só alguém muito pouco atento não terá reparado que os vidros coloridos são uma das formas de decoração mais comuns em Veneza. Está na hora de saber de onde vem esse vidro que, de resto, é bastante famoso um pouco por todo o mundo. Apanhe um dos Vaporettos e siga em direção à Ilha de Murano.
A manipulação de vidro não é uma invenção dos venezianos, mas foram eles que lhe deram a possibilidade de, há vários séculos, se transformar numa peça de de desejo, que fosse para decoração, quer fosse para ser parte de uma caixa de jóias.
Atualmente é possível conhecer a história desta arte através das várias fábricas de vidro que, quase artesanalmente, ajudam a encher as lojas de Veneza. É possível assistir à produção e, em alguns casos, converter o dinheiro do bilhete de entrada em crédito para comprar peças.
[wp-svg-icons icon=”library” wrap=”i”] Museu do Vidro de Murano
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 16:00 – 17:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Fondamenta Marco Giustinian, 8
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] adultos: €12
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] novembro a março – todos os dias: 10:30 às 16:00 | abril a outubro – todos os dias: 9:00 às 17:00
Agora que já conhece a história do Vidro de Murano, não perca a oportunidade de ver algumas das peças mais bonitas feitas pelos artesãos da ilha no Museu do Vidro de Murano.
Nesta visita vai poder conhecer a evolução das técnicas usadas na produção do vidro desde a sua origem e até à atualidade, expostos num dos palácios mais bonitos de Murano.
[wp-svg-icons icon=”binoculars” wrap=”i”] Passeio de Gôndola
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 17:00 – 19:00
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Riva degli Schiavoni
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] €80
De regresso a Veneza e para se despedir em grande, um dos momentos mais aguardados da viagem: um charmoso passeio de gôndola pelos canais da cidade. A companhia escolhe você, mas quem não vai faltar é o gondoleiro, vestido com uma camisola às riscas e um chapéu de palha.
As gôndolas pretas, ornadas com detalhes dourados e assentos de pele normalmente vermelhos, foram usadas durante vários anos para a deslocação da população, mas atualmente são apenas reservadas para os turistas.
Existem vários sítios onde pode começar a viagem, o que faz com que o percurso seja diferente, ainda assim vai sempre conseguir visitar os sítios mais escondidos da cidade, aos quais nunca conseguiria chegar a pé.
O preço das viagens esta definido por lei, sendo que se alguém quiser cobrar um valor superior, não deve aceitar.
[wp-svg-icons icon=”food” wrap=”i”] Al Mercà
[wp-svg-icons icon=”clock” wrap=”i”] 19:00 – 20:30
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Campo Bella Viena, 213
[wp-svg-icons icon=”ticket” wrap=”i”] a partir de €10/pessoa
[wp-svg-icons icon=”calendar-2″ wrap=”i”] todos os dias: 10:00 às 21:30
Descoberta que está Veneza, termine estes dois dias com uma degustação gastronómica. No Al Mercá pode comer Tapas enquanto degusta uma Aperol, uma bebida muito apreciada pelos venezianos.
O espaço é pequeno, não tem lugares para se sentar e são poucos os lugares junto ao balcão. Mas não deixe que isso o exclua desta experiência.
Como viajar até Veneza?
[wp-svg-icons icon=”airplane” wrap=”i”] TAP Air Portugal
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €156 (ida e volta)
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Flytap.com
A TAP tem voos diretos diários para o principal aeroporto de Veneza (Marco Polo) a partir de Lisboa. O valor base apenas inclui bagagem de cabine
[wp-svg-icons icon=”airplane” wrap=”i”] Ryanair
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €72 (ida e volta)
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Ryanair.com
A Ryanair voa duas vezes por semana para o aeroporto de Veneza Treviso a partir do Porto. O valor base não inclui o transporte de bagagem.
Onde dormir em Veneza?
[wp-svg-icons icon=”home” wrap=”i”] Ca’ Bonfadini Historic Experience[wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”][wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”][wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”][wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”][wp-svg-icons icon=”star-3″ wrap=”i”]
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Fondamenta Savorgnan 461-462
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €209/pessoa (noite)
[wp-svg-icons icon=”stats” wrap=”i”] 9,4 (Soberbo no Booking.com)
[wp-svg-icons icon=”link” wrap=”i”] Reservar no Booking.com
[wp-svg-icons icon=”home” wrap=”i”] Liassidi Arco
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Calle dell’Arco Castello 3516/c
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €67,27/pessoa (noite)
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[wp-svg-icons icon=”home” wrap=”i”] Residenza Universitaria Gesuiti
[wp-svg-icons icon=”location-2″ wrap=”i”] Cannaregio, 4883 (Campo dei Gesuiti)
[wp-svg-icons icon=”coin” wrap=”i”] a partir de €32,40/pessoa (noite)
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Se viajar para Veneza durante dois dias gasta cerca de 400€ por pessoa.