Desde pequeno sempre tive um desejo de visitar Atenas, cidade de histórias e mitos, deuses e heróis, que sempre me fascinou desde que vi o filme “Hércules” da Disney.
Mas, passados os anos, aumentam as responsabilidades e os sonhos atrasam-se. Até participar no projeto Erasmus + na Roménia, onde conheci e travei amizades com um grupo de seis gregos extraordinários. Passei assim a associar a Grécia com o coração e com aquelas caras que, cheios de amizade, insistiram para que lhes fizesse uma visita. E, antes que as novas responsabilidades o impedissem, lá fui eu, de malas aviadas, para uma semana de diversão (que depois seriam aumentados 5 dias em Salonica).
E, man, oh man, como Atenas me surpreendeu! Uma cidade vibrante e jovem, muito virada para o turismo. Em cada lado que olhasse, há uma loja de souvenirs, há turistas de cada nacionalidade (e claro, portugueses).
A parte turística da cidade vê-se em cerca de três dias, estando todas as atrações próximas umas das outras. Tendo ido com bastante tempo para passear, tive sorte em ter um “guia” particular incansável que não se limitou apenas em me mostrar Atenas, mas também os atenienses, o dia-a-dia e os melhores pontos da cidade que não estão nos guias turísticos. Como a “melhor vista da cidade” ou a “most awesome shop in the world”. Felizmente que assim foi, porque me deu um olhar diferente da cidade.
Portanto, se forem com tempo para gastar, sentem-se no parque e deliciem-se com um souvlaki, ou dêem uma volta à zona comercial entre a Acrópole e a Praça de Monastiraki e ouçam aquela língua tão estranha e especial a entrar pelos ouvidos. Ou passeiem no Parque Natural e Marginal de Atenas, com música tradicional grega nos ouvidos.
As praias de um azul translúcido e de areia fina que parece que viu engolir os pés são de fazer inveja a qualquer praia do Ocidente europeu (especialmente quando comparada com a água em Portugal), que só dá vontade de ficar dias e dias de molho. Recomendo a praia de Sounion, uma localidade nos arredores de Atenas, mas que cuja viagem já vale a pena pela paisagem. Aproveitem para visitar o Templo de Poseidon, que vem com uma história bastante interessante e uma paisagem fantástica.
Três coisas que me chamaram particularmente a atenção.
Bandeiras por todo o lado. Não apenas nos pontos turísticos, mas também nas casas, cafés ou na rua. A bandeira azul e branca é presença constante na paisagem ateniense.
A água é grátis em qualquer bar ou café. Independentemente de pedir ou não alguma coisa, servem-se sempre um copo ou jarro de água fresca (da torneira). Tendo várias fontes de àgua no país, é mais um ponto para acrescentar à hospitalidade ateniense.
Os transportes públicos são relativamente baratos. Deslocava-me de uma ponta à outra da cidade, de metro, por apenas 0,60 €, independentemente das mudanças que fazia. Muito bom para quem quer poupar dinheiro para outras coisas.
Para além dos monumentos clássicos e das paisagens de encher o olho, Atenas apresenta-nos uma variedade de pontos de interesse que vai deliciar qualquer apaixonado por História ou, simplesmente, qualquer interessado em histórias.
Uma viagem que começou com expectativas muito altas, mas que terminam superando-as, fazendo-me sair da cidade com o coração apertado, mas um sorriso enorme na boca.
P.S.: Enquanto em Atenas, “tenho” de agradecer ao Valerios e à família Stais, à Corinna, à Elpida, ao Yannis e a todos os que ajudaram a fazer desta uma experiência uma das melhores de sempre.
P.P.S: Próxima Paragem: Amoullani
“Once you go black, you never go back. But if you try greek, even black is weak. The coffee, of course…”
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[wp-svg-icons icon=”sun-3″ wrap=”i”] A Grécia é um país mediterrâneo e por isso com temperaturas muito elevadas nos meses de abril a outubro. Os meses mais amenos são de novembro a março, sendo que as temperaturas geralmente não são muito baixas.